12 jan, 2016 - 18:41
A misericórdia é uma virtude activa e mexe-se, considerou esta terça-feira o actor e realizador Roberto Benigni, que foi convidado para apresentar o livro “O Nome de Deus é Misericórdia”, que foi apresentado em Roma.
O livro resulta de uma entrevista conduzida pelo vaticanista Andrea Tornielli e foi apresentado esta manhã e posto à venda simultaneamente em mais de 80 países. Para Benigni é um livro que reflecte o Papa Francisco.
“É um livro belíssimo. Um livro que nos acaricia, abraça e enche de misericórdia. Porque – atenção – a misericórdia não está sentada no sofá, é uma virtude activa e mexe-se! Olhem para o Papa, que nunca pára!”
“E move o coração, os braços, as pernas, o corpo e a alma e nunca está quieto: encontra os miseráveis, os pobres, não pára um segundo. O Papa mostra-o bem neste livro: É como dialogar com ele”, realçou.
O Cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, também marcou presença e disse que se trata de um livro que abre portas. “Este volume lê-se muito bem e tem uma característica peculiar do seu autor principal, ou seja, o Papa. De facto, é um livro que abre as portas, que as quer manter abertas e que aponta possibilidades; que deseja fazer brilhar, ou pelo menos, acenar o dom gratuito da infinita misericórdia de Deus.”
O testemunho mais surpreendente do lançamento veio de um recluso de nacionalidade chinesa, actualmente na prisão de Pádua, a cumprir uma pena de 20 anos, mas que entretanto se converteu ao cristianismo, adoptando o nome Agostinho em homenagem ao santo.
“Caro Papa Francisco, obrigado pela afeição e ternura que nunca deixas de nos testemunhar. Obrigado pelo teu incansável testemunho. Obrigado pelas páginas deste livro, das quais emerge o coração de um pastor misericordioso. Rezamos sempre por ti”, disse Zhang Agostino Jianqing.