09 jan, 2016 - 11:00 • Henrique Cunha
O actual reitor do Seminário Maior do Porto, D. António Augusto Azevedo é o novo bispo auxiliar do Porto, e em declarações à Renascença diz que acolhe a nomeação do Papa “com grande humildade e sobretudo com grande espírito de fé”.
“Ao longo da minha vida de padre sempre me habituei a estar disponível para aquilo que a Igreja me foi pedindo”, salienta o agora bispo auxiliar do Porto.
D. António Augusto Azevedo revela que ao longo dos quase 30 anos como padre “se foi habituando ao Deus das surpresas, sempre confiando na ajuda do Seu espírito, na iluminação do seu Espírito”.
Além do cargo que ocupa actualmente de reitor do Seminário Maior do Porto, o novo bispo auxiliar do Porto é professor da Faculdade de Teologia da Universidade Católica, secretário do Conselho Presbiteral. Foi ainda capelão militar e pároco durante 10 anos em Vilar do Paraíso, Vila Nova de Gaia.
Para este novo desafio a que foi chamado pelo Papa Francisco, D. António Augusto não esquece o facto de estarmos no Ano da Misericórdia e elege o segundo versículo do Salmo 89 como lema para este novo serviço na Igreja do Porto: “Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor”.
O bispo auxiliar do Porto agora eleito acredita que este escrito passa as ideias que quer transmitir. “A nossa vida, a de cada cristão, padre ou bispo é na sua missão concreta com a sua acção, o seu testemunho, cantar a misericórdia, a bondade o amor de Deus”.
E defende ainda que a escolha de um Bispo “é sobretudo uma expressão do amor de Deus por nós”.
Conhecedor em particular da nova geração de padres, fruto do cargo que ocupa como reitor do Seminário, o padre António Augusto Azevedo manifesta “total confiança” no clero da Diocese que “considera generoso, sabedor e experiente”.
D. António Augusto Azevedo não esquece que “o Papa Francisco tem desafiado o clero com palavras e gestos a um estilo novo de ser pastor”; um estilo novo “ que remete para o redescobrir do próprio Jesus, fonte inspiradora que vamos tentando pôr em prática, e que no caso dos bispos tendo como guias também o testemunho dos apóstolos, o testemunho daqueles que foram confessores da fé, daqueles que muitas vezes testemunharam com o martírio a própria fé.”
Gratidão e esperança
A Igreja do Porto e em particular os bispos emitiram na manhã de sábado um comunicado em que se mostram agradecidos ao Papa Francisco por “ter concedido à Igreja do Porto a bênção de um novo Bispo Auxiliar” o que dá “ao ministério episcopal mais um irmão dedicado e um colaborador generoso”.
Na nota a que a Renascença teve acesso e que é assinada por D. António Francisco dos Santos, titular da Diocese e pelos dois Bispos Auxiliares, D. António Taipa e D. Pio Alves de Sousa é celebrada também “a esperança que Deus oferece à Igreja do Porto, ao chamar ao ministério episcopal um dos membros do seu Presbitério”.
O texto prossegue com uma referência ao sentido de disponibilidade e obediência que o padre António Augusto sempre manifestou à Igreja do Porto e termina destacando o facto da “eleição e ordenação episcopal do padre António Augusto em pleno Ano Santo da Misericórdia constituírem para todos uma bênção e um incentivo para fazermos da Alegria do Evangelho a nossa Missão e proclamarmos com renovada convicção: Felizes os Misericordiosos!”
Em declarações à Renascença, o bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos “agradece a Deus e ao Papa Francisco a bênção que constitui a nomeação de um novo bispo”, pois “a Igreja do Porto precisava de um novo bispo desde o momento que D. João Lavrador foi nomeado bispo coadjutor de Angra do Heroísmo”.
D. António recorda que “estávamos no início do ano pastoral” e que “ foi com alguma surpresa e também com a serenidade de que o importante é dizer sim ao chamamento de Deus que o vimos partir para a sua nova Missão”.
De imediato, o bispo do Porto pediu ao Papa Francisco “que fosse concedida à Igreja do Porto um novo Bispo”. E o Papa Francisco acolheu o pedido e “não demorou muito tempo a responder, o que é motivo de gratidão”.
D. António Francisco dos Santos deixa ainda uma mensagem de agradecimento de toda a Diocese ao padre António Augusto, manifestando o propósito de “trabalho em conjunto ao serviço da Igreja do Porto” e segundo “o espírito que o Papa Francisco nos tem chamado a ser: bispos ao serviço de uma Igreja que quer ser uma Igreja de rosto terno e de coração materno”.