30 dez, 2015 - 08:15 • Isabel Pacheco
O presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), António Cunha, encara com expectativa positiva o ano de 2016, marcado pelo retomar de um Ministério próprio para o ensino superior.
Em declarações à Renascença, António Cunha diz entender que o regresso da pasta é um sinal de uma “maior vontade política de atender o que são as realidades e as especificidades das universidades”. Razão para “uma expectativa muito positiva”.
A expectativa depositada no novo Governo dirige-se também para a solução do financiamento. O CRUP insiste em mais autonomia e menos burocracia. “Esperamos que grande parte dos entraves burocráticos e administrativos à autonomia universitária possa vir a ser removida. São medidas que não implicam mais despesa e que facilitariam muito a vida às universidades tornando-as mais competitivas”, afirma António Cunha.
“Depois, certamente, que gostaríamos de encontrar com o governo modos de voltarmos encontrarmos financiamentos mais adequados”, adianta.
Para o presidente do CRUP, há questões que continuam a inquietar o ensino superior e há “estragos” feitos na ciência que não gostaria de ver repetidos. “Foram processos que, de facto, não foram bem conseguidos e que conseguiram causar estragos significativos no tecido científico nacional”, refere o também reitor da Universidade do Minho, referindo-se à avaliação dos centros de investigação pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.
A Universidade do Minho viu agora aprovada, em Conselho de Ministros, a passagem a fundação pública – um exemplo que António Cunha admite que possa vir a ser seguido por outras universidades do país.