23 dez, 2015 - 17:22
Um general reformado da Bósnia-Herzegovina vai ser julgado por crimes de guerra cometidos durante o conflito da ex-Jugoslávia.
Sakib Mahmuljin é acusado de ter permitido que militares das forças bósnias muçulmanas sob o seu comando torturassem e assassinassem militares inimigos capturados.
Mahmuljin era líder de um destacamento de mercenários estrangeiros, combatentes jihadistas que vinham sobretudo da África do Norte e do Médio Oriente, chamados os El-Mujahid. Terão sido estes soldados que raptaram 50 militares sérvios que já tinham sido capturados por outras unidades muçulmanas, entre Julho e Outubro de 1995.
Os soldados sérvios foram torturados de diversas formas e executados. Alguns foram decapitados de forma cerimonial, diante dos seus camaradas. Outros foram mutilados, sendo-lhes cortadas orelhas, por exemplo.
Segundo a acusação, Mahmuljin poderia ter impedido as práticas, de que tinha conhecimento, ou castigado os responsáveis. O general nega qualquer responsabilidade, dizendo que não conseguia controlar os jihadistas estrangeiros.
O processo contra Mahmuljin, que tem 63 anos e está reformado das forças armadas, foi iniciado pelo Tribunal Penal Internacional sediado em Haia, mas foi transferido para os tribunais locais da Bósnia, que agora efectivaram a acusação.