Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Adopção gay. Igreja lamenta "ligeireza e até leviandade" dos deputados

09 dez, 2015 - 16:02

Bispos lamentam o "modo rápido" com que o Parlamento aprovou aquela alteração, "sem participação atempada e até ponderada da sociedade civil".

A+ / A-

O conselho permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) lamentou esta quarta-feira a rapidez, "ligeireza e até leviandade", com que a Assembleia da República aprovou a adopção de crianças por casais do mesmo sexo.

Em declarações aos jornalistas, em Fátima, o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, padre Manuel Barbosa, disse que o actual momento político foi abordado na reunião, esta manhã, do conselho permanente e que os bispos lamentaram o "modo rápido" com que o Parlamento aprovou aquela alteração, "sem participação atempada e até ponderada da sociedade civil".

"É um lamento desta rapidez e de não ter havido, eventualmente, uma reflexão. A Igreja mantém, naturalmente, a sua posição, a sua doutrina, nesse campo, que é bem sabida", frisou o secretário da CEP.

Sobre o actual momento político, Manuel Barbosa assegurou o "respeito" da Igreja Católica pelo quadro constitucional "sempre na expectativa em relação aos tempos seguintes, para que tudo seja para bem das pessoas e das instituições, segundo os princípios centrados sempre no bem comum das pessoas e da sociedade".

O Parlamento aprovou, na generalidade, a adopção de crianças por casais do mesmo sexo, no passado dia 20 de Novembro, através de quatro diplomas sobre a matéria - do PS, BE, PEV e PAN -, que tiveram votos de aprovação da maioria de esquerda e de 19 deputados do PSD, entre os quais Berta Cabral, Pedro Pinto, Teresa Leal Coelho e Paula Teixeira da Cruz.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • João Lopes
    18 dez, 2015 Viseu 15:53
    Os filhos têm direito a um pai e a uma mãe!
  • Vasco
    10 dez, 2015 Santarém 23:29
    São as leis da esquerdalha e mais uns quantos adeptos de outras áreas a tentar impor as suas ideias, valores para eles não contam, conta sim extremar as ideias e impô-las a toda a força, são um tipo de jiadistas onde tudo vale para desestabilizar a sociedade onde eles se sentem como peixe na água.
  • Judite Gonçalves
    10 dez, 2015 Barreiro 09:29
    A rapidez e leviandade desta decisão tem a ver com algo muito simples: a esquerda quer impor as suas ideias, por isso não debate com ninguém, chega legista e aplica. Mas os verdadeiros culpados não são só eles, a culpa é de toda uma sociedade que fica indiferente e adormecida perante estas questões. Mais do que isso até se dizem a favor o contra sobre diversos assuntos e depois vota e apoia os partidos que não têm nada a ver com aquilo que essa faixa de pessoas diz defender. Depois de tudo estar posto e imposto é que algumas vozes se levantam. Embora saibam que a partido do momento que a legislação está feita a única coisa que há a fazer é aceitar. Mais acho que temos de ser pessoas que vão para além do dinheiro ou do interesse pessoal. E não devemos escolher quem nos governa só porque promete diminuir impostos e aumentar salários, mas na hora de votar temos também de ter em conta quem defende o quê em termos de valores. Em termos de comunicação social, por vezes até fico espantada como é que a Comunicação social dá mais voz aos que defendem e impõe esse tipo de modelos na nossa sociedade do que a pessoas que defende um modelo têm sempre mais tempo de atenta nos órgãos do comunicação.
  • Miguel
    09 dez, 2015 Coimbra 20:30
    Durante anos quis-se discutir e não era oportuno, porque eram anos de crise. Agora já era oportuno?
  • Bolas!
    09 dez, 2015 lx 17:45
    Mais discussão ainda? para quê? Há anos que se discute o tema! Já parecia mais uma novela de longa eternidade! Deixerm as familias viver livremente! Não é por acaso que o catolicismo, perde cada vez mais gente!...

Destaques V+