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Rogério Gonçalves

“Tenciono ficar em Portugal”

23 nov, 2015 - 19:15

A completar 25 anos de carreira de treinador, Rogério Gonçalves anuncia preferência depois de três épocas no comando técnico do Ferroviário de Nampula de Moçambique.

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Quando saiu do comando de equipas do distrito de Viana do Castelo em 1999, Rogério Gonçalves passou por Varzim, Chaves, Naval, Leixões, Braga, Beira-Mar e Académica. Em 2013 foi para o Ferroviário de Nampula onde permaneceu três épocas. Cumpre 25 anos de carreira como treinador e ficou livre há duas semanas depois de optar por não continuar em Nampula. “Sou um treinador livre embora tenha um convite para continuar a trabalhar em Moçambique. O ciclo no Ferroviário de Nampula terminou mas tenho uma proposta de um outro clube moçambicano”, revela em entrevista a Bola Branca.

Depois de três anos a trabalhar em Moçambique e apesar de uma proposta para continuar, Rogério Gonçalves está inclinado a regressar ao futebol português. “Nesta fase estou a ponderar mas a minha intenção é ficar em Portugal. Regressei há poucos dias e ainda não tenho convites do futebol português”, anuncia.

Filão português em Moçambique

Nos últimos meses, trabalharam em Moçambique outros treinadores como Diamantino Miranda, Nelson Santos, Litos, Vítor Urbano, Vítor Pontes. Rogério Gonçalves sublinha que “os treinadores portugueses são bem vistos lá fora, em todos os campeonatos. Moçambique não foge á regra. Deram qualidade e organização ao futebol moçambicano”, acrescenta.

Quanto a jogadores, Portugal é importador e Rogério Gonçalves avisa que “há vários diamantes por lapidar no futebol moçambicano. Só no Ferroviário de Nampula há dois médios que jogariam indiscutivelmente na primeira Liga, em Portugal”, considera.

Sp Braga. Lado negativo da carreira

Em 25 anos de carreira, Rogério Gonçalves faz um balanço positivo. “Fui campeão distrital e nacional e tive subidas de divisão até chegar ao escalão máximo. Houve alguma precipitação quando fui para o Braga. Estava em 4º lugar na Naval”, recorda.

No Sporting de Braga, Rogério Gonçalves não entendeu as razões da saída. “Encontrei a equipa em 8º e quando fui despedido encontrava-se em 5º, estando na fase de grupos das provas europeias e nas meias-finais das taças nacionais. Foi positivo trabalhar em Braga mas não me agradou a forma como o processo se desenvolveu e foi negativo para a minha carreira”, assume.

A amizade com Jorge Mendes

Rogério Gonçalves tem 56 anos e reconhece que será difícil chegar a um grande. “Não será fácil mas sinto-me capaz para desenvolver da melhor forma o meu trabalho”. A amizade com o agente FIFA Jorge Mendes dura desde a infância mas não se confunde com a relação profissional. “Sou amigo do Jorge Mendes desde a infância porque somos da mesma terra (Viana do Castelo) mas nunca fui representado por ele. Há uma relação afectiva mas nunca houve uma relação profissional”, esclarece.

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