23 nov, 2015 - 12:19
Três fundadoras da Fraternidade Missionária Cristo Jovem, em Famalicão, e um padre, actual dirigente, ficaram esta segunda-feira sujeitos a Termo de Identidade e Residência por suspeitas de escravidão a três raparigas, iniciadas naquela fraternidade.
A fixação da medida de coacção mínima foi anunciada aos jornalistas pelo advogado da instituição, Ernesto Salgado, após primeiro interrogatório judicial dos suspeitos.
“Nenhum arguido prestou hoje declarações para a serenidade do processo judicial e para que o inquérito siga os trâmites normais”, disse o advogado.
Os arguidos chegaram ao Tribunal de Vila Nova de Famalicão, no distrito de Braga, às 9h30 e saíram às 11h51, sob insultos de alguns populares que se concentraram à porta.
Na passada quarta-feira, a Polícia Judiciária (PJ) fez buscas à Fraternidade Missionária Cristo Jovem depois de três iniciadas terem apresentado queixa por maus-tratos, escravidão e cárcere.
Depois do interrogatório, subsiste apenas a indiciação pelo crime de escravidão, realçou o advogado.