20 nov, 2015 - 16:58 • Filipe d'Avillez
Envergonhados. É assim que os Socialistas Católicos Portugueses dizem sentir-se depois da legalização da adopção por casais homossexuais e da revogação das alterações que tinham sido feitas à lei do aborto, no final da legislatura passada.
Em ambos os casos a esmagadora maioria dos deputados do PS votaram a favor, esta sexta-feira. Os socialistas católicos dizem-se “envergonhados pelo o facto do ‘nosso’ PS estar associado a uma agenda de violação dos Direitos Humanos”, nomeadamente “o direito à vida, e que concordem que se usem crianças para interesses de bandeiras partidárias".
Em relação à adopção, os Socialistas Católicos Portugueses consideram que “dizer que criar uma lei para que crianças possam ser adoptadas por homossexuais, é para proteger as crianças é de uma irresponsabilidade completa entrado em choque com história de uma civilização de milhares de anos”.
“Entendemos ainda que é lamentável que a apropriação de crianças seja feita como objecto de bandeiras partidárias em detrimento de aquilo que devia ser na sua plenitude: um sujeito de direitos”
Sobre o aborto, o comunicado recorda que “os socialistas católicos estiveram sempre na primeira linha contra o aborto e a favor do direito à vida”.
“Num país em crise, repudiamos totalmente que desde que o aborto é legal já se tenha gasto milhares de euros do estado em eliminações voluntárias de gravidez e que com leis como hoje aprovada, não se respeito o direito à vida. É com tristeza que constatamos que o aborto hoje dia seja cada vez mais um método anticonceptivo”, escrevem.