20 nov, 2015 - 15:55
Pelo menos 27 pessoas terão morrido em consequência do ataque a um hotel na capital do Mali, por parte de terroristas islâmicos, esta sexta-feira de manhã, disse um representante da ONU à Reuters.
Uma fonte do governo maliano disse aos jornalistas que já não há reféns no hotel da capital do Mali. Chegou-se a falar de cerca de cem reféns nas mãos dos jihadistas.
Não há detalhes sobre a identidade ou nacionalidade das vítimas, mas pelo menos um está confirmado como sendo belga.
Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros, não havia portugueses no hotel.
A agência France-Presse diz que pelo menos dois terroristas foram mortos durante a operação das forças de segurança, mas há indicação que outros dois poderão ainda estar dentro do estabelecimento.
Os militares malianos tiveram a assistência de forças especiais americanas e francesas no local e há também capacetes azuis envolvidos, segundo a ONU. Foram estes militares que contaram pelo menos 27 cadáveres apenas na cave do hotel e no segundo andar, disse fonte da organização à Reuters. É por isso possível que o número oficial de mortos ainda aumente.
Al-Qaeda reivindica
O ataque ao hotel já foi reivindicado pelo grupo Al-Mourabitoun, que opera no país há cerca de dois anos e está ligado à Al-Qaeda.
Trata-se de um grupo radical islâmico, composto sobretudo por árabes tuaregues que combate de forma violenta a presença de forças internacionais no Mali.
O Mali tem sido palco de uma insurreição jihadista há alguns anos. Os militantes chegaram a ocupar várias cidades a Norte do país e só uma intervenção francesa, para auxiliar as forças do Governo, permitiu recuperar terreno.
Este é o segundo ataque a um hotel no Mali em poucos meses. Em Agosto, um grupo terrorista fez alguns mortos no ataque a outro hotel. Morreram 17 pessoas, incluindo alguns reféns e soldados.
[Actualizado às 16h23]