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​Portas abertas da Europa questionadas por causa de Paris

16 nov, 2015 - 10:54 • Ana Rodrigues

A tragédia em Paris deixou marcas e a Europa começa a semana a discutir as consequências dos atentados. Ganha agora maior importância a política de apoio aos refugiados e a cimeira do G20 que debate a estratégia da guerra na Síria e o papel dos Estados mais poderosos.

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Revista de Imprensa de temas europeus (16/11/2015)

O “Diário Económico” fala da Europa depois da barbárie para escrever que “Schengen arrisca-se a ser a próxima vitima do terrorismo”. Acrescenta este jornal que “Bruxelas pediu para não misturar os temas, mas um passaporte sírio encontrado junto do corpo de um terrorista contagiou o debate sobre os refugiados e circulação de pessoas”. Este jornal publica esta segunda-feira reacções de várias personalidades.

O presidente da Comissão Europeia diz que “não devemos misturar diferentes categoriais. O responsável pelos ataques de Paris é um criminoso, não é um refugiado nem um requente de asilo diz Jean Claude Juncker”. Já Angela Merkel diz que “Vamos responder aos terroristas vivendo os nossos valores de forma decidida”. Neste jornal destaque ainda para uma entrevista com o embaixador Seixas da Costa. Em título: “há que evitar uma revisão radical que afecte a livre circulação na Europa”. O embaixador recorda que “Portugal beneficia bastante de Schengen, acima de tudo a nível turístico”.

O jornal “i” chama a atenção para a questão dos refugiados , referindo que “Juncker não quer reacções primárias“. Isto porque “o massacre de Paris foi utilizado por vários dirigentes europeus para criticarem a política de refugiados”.

O “Jornal de Notícias” refere que a “França lança maior ataque de sempre ao Estado Islâmico na Síria, acrescentando que “países industrializados prometem, reforçar a luta contra o terrorismo”.

O “Jornal de Negócios” destaca os salários dos funcionários da União Europeia que “deverão aumentar 2,4% no próximo ano , depois de estarem congelados há dois anos”.

O porta-voz da Comissão Europeia, Alexandre Winterstein, lembra que “os funcionários da União Europeia perderam quase 9% do poder de compra”.

No “Herald Tribune” referencia às declarações de Manuel Valls. O Primeiro-ministro francês diz que “os ataques de sexta-feira que tiveram lugar em Paris foram planeados e organizados a partir da Síria”. Valls acrescenta que “as autoridades acreditam que novos atentados estão a ser planeados em França e noutros países europeus”.

O “The Independent” escreve que “mais dois bombistas suicidas foram identificados”. Acrescentando que “Salah Abdeslam, de 26, anos tornou-se o homem mais procurado de França depois de ter sido parado e mandado seguir pela polícia”.

No “Le Monde”, destaque para as reacções na Alemanha aos atentados de Paris. Escreve este jornal francês que os “anti-Merkel acreditam que Paris mudou tudo”. Um dos críticos refere que “a Chanceler alemã deve perceber que uma nova era começou. O continente europeu tem de se proteger dos seus inimigos que não recuam perante nada”.

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