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Bispo de Viseu não quer igrejas fechadas

07 out, 2015 - 01:33 • Liliana Carona

"Há muitas situações em que a igreja está permanentemente fechada, só abre quando há missa, e isso para mim é um atentado", afirma D. Ilídio Leandro.

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O bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro, quer que todas as igrejas da diocese estejam de portas abertas durante o dia ou num horário afixado à porta, no caso das mais isoladas.

O bispo defende que os fiéis não podem continuar a bater com o nariz na porta quando chegam a uma igreja, o que aconteceu em muitas das paróquias da região e não só, admite.

“Quando estivemos na visita ‘ad limina’, o Santo Padre comparou uma igreja fechada a um museu e concluiu que uma igreja não é um museu, mas um espaço onde está Jesus e onde as pessoas são convidadas a entrar”, recorda D. Ilídio Leandro.

Para o bispo de Viseu, uma igreja fechada é um atentado à utilidade da igreja. “Às vezes, eu vou a algumas aldeias em que há escola ao lado, com crianças, e a igreja está fechada, há muitas situações em que a igreja está permanentemente fechada, só abre quando há missa, e isso para mim é um atentado contra o sentido de utilidade da igreja”, diz.

Ao mesmo tempo que acrescenta que esta realidade se verifica noutras dioceses. “Mas não é só na nossa diocese, quando vou de férias, na própria vizinhança de praia, vejo igrejas fechadas”, lamenta.

O apelo é dirigido aos párocos da diocese. “O pároco tem que na comunidade prever formas de na comunidade suscitar grupos que numa hora por dia ao longo da semana possam ter a igreja aberta, e saber que está lá alguém, com horário fixado, alguém que esteja por perto, e que tenha a chave, e que possa abrir quando há pessoas que querem entrar, agora passarmos por uma igreja e vê-la sempre fechada, não posso concordar”, afirma D. Ilídio Leandro.

O receio de assaltos como forma de justificar as Igrejas fechadas não é aceite por D. Ilídio Leandro, que revela que todos os assaltos a igrejas da diocese têm decorrido à porta fechada.

“Em todos os assaltos na nossa diocese eu perguntei se a igreja estava aberta ou fechada, e respondiam-me sempre que a igreja estava fechada, tanto que havia danificação das portas com pés-de-cabra”, conclui.

Comentários
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  • Vitória Campos
    07 out, 2015 Vilar Seco 23:11
    Boa noite Don Ilídio sou a Vitória de vilar seco , li o que o Senhor falou sobre as igrejas fechadas, concordo com Don Ilídio, é pena e lamentar quem é que gostaria de estarfechado dias e dias e nem sequer uma visita. Pois Jesus como é que não está triste com todas estas injustiças lhe fazem ,por isso é que tem o seu coração magoado da humanidade que não o respeitam . Mas pode ter a certeza se for necessário abrir a Igreja umas horas por dia pode contar comigo sr Don Ilídio,porque tudo o que faço é pelo amo a jesus que eu tenho Por ELE FAÇO tudo um abraço e fico à espera.
  • Luís Filipe Ferreira Reis Thomaz
    07 out, 2015 Parede 17:12
    Inteiramente de acordo, tanto por motivos religiosos como por motivos culturais! Já por duas vezes fui a Freixo-de-Espada-à-Cinta, cuja igreja matriz é uma das principais jóias do Manuelino, para a mostrar a colegas estrangeiros de visita ao país e dei com o nariz na porta. Podiam ao menos fazer como no Outeiro (Vimioso) onde o santuário está normalmente fechado, mas onde, tal como em muitos outros lugares, há uma pessoa numa casa ou numa loja das vizinhanças que tem a chave. Ir a Freixo (,es,o que seja de Moncorvo) para dar com o nariz na porta é uma estopada e uma desilusão. Compreendo que temam roubos; mas há muitas maneiras de os evitar sem ser ter as igrejas permanentemente fechadas!

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