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António Vitorino. Europa terá "grave problema de legitimidade" se Plano Juncker falhar.

28 set, 2015 - 15:42 • José Pedro Frazão

O antigo ministro do PS mostra-se preocupado com um possível falhanço dos objectivos do programa europeu de estímulo ao investimento.

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António Vitorino. Europa terá "grave problema de legitimidade" se Plano Juncker falhar.
António Vitorino. Europa terá "grave problema de legitimidade" se Plano Juncker falhar.

A criação de emprego e o crescimento económico andam de braço dado. É a tese de António Vitorino para quem o "plano Juncker", programa europeu de estímulo ao investimento, terá que levar à criação de postos de trabalho como passo decisivo de uma nova fase na Europa.

"Das duas uma. Ou o plano Juncker resulta para alavancar o investimento e assim criar emprego ou, se o plano Juncker ficar aquém daquilo que são os seus objectivos, a Europa estará confrontada com um grave problema de legitimidade. Se não houver sinais claros de que há uma estratégia de reduzir o desemprego e para limitar a precariedade de emprego que é criada, então os cidadãos não reconhecerão legitimidade à União Europeia para lhes impor outros constrangimentos", afirmou António Vitorino no último programa "Fora da Caixa" da Renascença, emitido na sexta-feira.

No debate semanal de temas europeus com Pedro Santana Lopes, Vitorino revelou que os regulamentos para o financiamento ao abrigo do "plano Juncker" já estão aprovados.

O antigo comissário europeu adiantou ainda que já há alguns projectos portugueses apresentados a financiamento específico daquele programa comunitário.

" Agora, estamos a falar ainda da 'infância da arte'. Se há um ano falávamos de 315 mil milhões de euros, estamos hoje muitíssimo longe desse objectivo. Por isso, também disse há um ano quer era importante que teria que haver alguns casos de 'vitórias rápidas', ou seja, projectos que fizessem a diferença rapidamente no terreno para mostrar que aquele é o caminho que tinha que ser trilhado. E não são os exemplos dados por Juncker no discurso de Estado da União", acrescenta António Vitorino.

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