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​Campanha socialista sob pressão

21 set, 2015 - 20:53 • Crónica de Susana Madureira Martins

Direcção de campanha desespera enquanto António Costa dá tempo a todas as conversas, numa caravana que tem família, mas a que falta festa.

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Não há volta a dar. O efeito psicológico das sondagens está a causar mossa à caravana socialista. António Costa acusa a pressão e os sucessivos discursos são marcados pela necessidade de voto útil, de voto de protesto contra a coligação. À esquerda - PCP e Bloco - o líder socialista pede calma: o adversário não é ele, são Passos e Portas.

E a verdade é que, entrados na primeira semana oficial de campanha, parece que estamos na recta final. Nos últimos dias, a mensagem do líder socialista tem passado por repetir a ideia de esta ser uma escolha entre o "nós ou eles", radicaliza-se o tom, mas sem clima de festa, nem tom de euforia.

O receio do que pode significar o domingo de 4 de Outubro - uma maioria relativa ou uma vitória "poucochinha" - leva Costa a fazer o discurso da estabilidade: para existir essa estabilidade, o PS tem de ter mais votos e mais deputados - ou seja, vitória total.

Toda esta pressão faz com que a agenda da caravana seja carregada até ao limite: cinco, seis acções por dia, muitas vezes por pressão das estruturas partidárias locais, com Costa a dar tempo a todas as conversas; nas feiras não recusa mais uma visita a uma banca ou a uma loja, beber mais uma ginginha, comer mais um doce típico. Tudo isto faz desesperar a direcção de campanha, que vê todo o programa ser sucessivamente atrasado.

Esta também é a história de uma campanha familiar. Costa joga os trunfos todos desde a primeira hora. É seguido para todo o lado pela mulher e pelo filho e a mãe já apareceu e discursou sobre igualdade no Seixal. Tudo isto porque, diz o líder socialista, faltam quinze dias e é preciso dizer ao Governo que o dia 4 de Outubro não é um domingo qualquer, é o domingo de que os portugueses falam e esperam há quatro anos.

Comentários
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  • Eborense
    22 set, 2015 Évora 12:05
    A estabilidade do PS já todos nós conhecemos. Ou este Sr. se for 1º Ministro não faz metade do que apregoa, ou então faz tudo o que diz e daqui a 2 anos estaremos a bater novamente à porta da Troika, mas desta vez será ainda mais grave. Isto, sou eu que digo, porque não acredito em milagres. Mas é bom haver muita gente que acredita. Se há tanta gente que acredita que Nossa Senhora apareceu em cima de uma oliveira em Fátima, porque não acreditar no Dr. Costa.

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