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Perguntas para as legislativas

Vou pagar mais ou menos pela saúde?

18 set, 2015 - 12:57 • Ricardo Vieira

Nos programas eleitorais para as legislativas de 4 de Outubro há médicos e enfermeiros de família, taxas moderadoras, medicamentos, listas de espera e medidas mais polémicas, como clubes sociais de canábis.

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Os programas eleitorais da oposição dizem que a saúde está doente e propõem mudanças. A coligação PSD/CDS faz outro diagnóstico: defende a obra feita em tempos de “enormes dificuldades” e quer continuar a “apostar no SNS”.

As forças políticas com assento parlamentar apresentam várias receitas e terapêuticas para cuidar da saúde dos portugueses. O sector é um dos mais importantes para a população e com maior peso no Orçamento do Estado.

PSD e CDS dizem: agora é que é. O ministro Paulo Macedo falhou a meta de dar médico de família a todos os portugueses até ao fim desta legislatura, mas a coligação Portugal à Frente garante que se ganhar as eleições de 4 de Outubro essa promessa será uma realidade “até ao final de 2017” – segundo os últimos dados da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), cerca de 1,2 milhões de utentes não têm médico de família atribuído.

Pedro Passos Coelho e Paulo Portas também pretendem generalizar a figura do “enfermeiro da família” e criar novas Unidades de Saúde Familiar (USF), mas não dizem quantas, e construir um novo hospital, o de Todos os Santos, em Lisboa.

Aumentar a quota de medicamentos genéricos para três quartos do volume de mercado, alargar a ADSE, o subsistema de saúde dos funcionários públicos, “a outros trabalhadores”, aumentar a verba destinadas à prevenção de doenças e a “liberdade de escolha” dentro do SNS para reduzir tempos de espera e promover uma maior igualdade de tratamento são outras das bandeiras da coligação PSD/CDS.

Se ganhar as eleições de 4 de Outubro, o PS promete dar médico de família “a mais de 500 mil” utentes nos próximos quatro anos, através da criação de 100 USF.

Os socialistas prometem criar o “Simplex” da saúde e o SIGA, um Sistema Integrado de Gestão do Acesso “que facilite o acesso e a liberdade de escolha dos utentes no SNS”, nomeadamente em áreas onde “a espera é significativa”, como consultas de especialidade, internamentos, meios auxiliares de diagnóstico e terapêutica.

O partido liderado por António Costa tem mais planos para o sector, como “ integrar as prestações de saúde com as da Segurança Social”, reforçar os cuidados continuados em casa e nos hospitais, “recuperar a importância” da Rede Nacional de Saúde Mental e apostar na prevenção com um Programa Nacional de Educação para a Saúde, Literacia e Autocuidados.

A CDU garante que, se chegar ao poder, aos portugueses vão deixar de pagar taxas moderadoras na saúde e todos vão ter médico de família nos próximos dois anos.

A coligação que junta PCP e Verdes inscreve no seu programa eleitoral a “contratação dos profissionais de saúde em falta”, a dispensa gratuita dos medicamentos para os doentes crónicos e o aumento da quota de medicamentos genéricos para os 40% em valor.

Comunistas e ecologistas prometem combater a privatização da saúde. Querem “nacionalizar” as parcerias público-privadas (PPP) dos hospitais de Braga, Vila Franca de Xira, Loures, Cascais e a Linha Saúde 24, bem como as unidades que passaram a ser geridas pelas Misericórdias.

O Bloco de Esquerda (BE) também defende o regresso ao domínio público da gestão dos hospitais em PPP e outras unidades de saúde entregues às Misericórdias. O manifesto eleitoral bloquista “acaba” com as taxas moderadoras e cria uma taxa extraordinária de apoio à inovação, cobrada anualmente sobre as vendas dos fabricantes.

O partido de Catarina Martins quer aumentar o financiamento da Saúde, de 5,9% para 8,5% do PIB, alargar a rede de urgências básicas e retomar a exclusividade dos profissionais do Serviço Nacional de Saúde. Mais dinheiro para combater as dependências, salas de injecção assistida em Lisboa e Porto e legalizar clubes sociais de canábis são outras das medidas do Bloco.

Comentários
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  • marques
    02 out, 2015 porocaloccola@gmail.comto 19:09
    NADA DO QUE PROMETERAM PARA BEM E PARA O MAL )ELES VAO FAZER POQUE NAO SAO ELES QUE MANDAM EM PORTUGAL ELES SO VAO PARA O POLEIRO PARA SE ORIENTAREM A ELAS PROPRIOS E AOS SEUS AMIGAGALHOS
  • Ami Pierrot
    23 set, 2015 Oeiras 19:23
    SIMPLES: Se PSD/CDS ganharem, e ficar o mesmo-péssimo!-ministro,,,ah! vamos pagar e a doer! É que, este só e nºs., e não pessoas!
  • Paulo Silva
    18 set, 2015 Faro 19:06
    Os portugueses não têm mesmo vergonha e têm o que merecem se votarem neste corruptos.Mais uma vez ficou-se a saber como estes politiqueiros querem o poleiro,um deles é um mentiroso compulsivo que mentiu com quantos dentes tem e o outro é um ilusionista que faz dos números artimanhas de matemática.Como é que um país tem uma dívida de 235 mil milhões de euros consegue honrar os seus compromissos e honrar o país onde vivemos,esta dívida é impagável,não é preciso ter algum curso para perceber isso,eles deram cabo de tudo e vão continuar a dar se todos os portugueses nestas eleições não souberem dar uma resposta de grande dignidade porque se assim não for vão ter aquilo que merecem.
  • Paulo Silva
    18 set, 2015 Aveiro 16:12
    Com o público já não conto. Utilizo já há um ano o FacultaTempo. Consultas em todo o país a 38€. E não se paga nada por mês. Aconselho!
  • jle
    18 set, 2015 ODIVELAS 15:11
    Tudo isto é uma ilusão pois os políticos assumem-se, pela ambição do poder de governar e nunca, no interesse das massas, do povo, o povo baixinho. Bloquistas, socialistas, psd, cds, pcp...falam e falam, como meros papagaios, já que ninguém quer ser sério no estudo estrutural que é pedido e exigido ao aparelho do Estado e daí "A BOLOTA NUNCA CONDIZER COM BERGALHOTA". Como orçamentar, em valores reais, se os sectores estão todos a desmoronar-se e a sua reconstrução renovada não interessa aos governantes. assim, como está e estão podem emitir numa verborreia desconexada, chata e insensata, oe argumentos de governação partidários. O PARTIDO DO POVO esse ganha sempre: a abstenção é fruto da incompetência dos políticos que, nunca e jamais, procuram os interesses públicos. Declaram que dão milhões de benesses e majoramentos ae...se....se...mas...mas...mas...não identificados. Pura banha da cobra e tangas da selva política. Honestos nas palavras e nas ofertas ? Rir e rir na palhaçada dos debates, dos confrontos, do sadismo, das querelas partidárias e...o povo, sim, quem ouve o povo ? A comunicação "ZÉ DO POVO" só tem uma alternativa "FAZER MILHÕES DE VEZES E SEMPRE O MANGUITO" AOS GOVERNOS, AOS DEPUTADOS, AOS POLÍTICOS. A POLÍTICA É ENCARNADA NA FIGURA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA...FIGURAS PÚBLICAS DECORATIVAS, DOS VIPS, DAS SIRENES POLICIAIS, DOS BANQUETES...E O POVO ? PAGA E PAGA !!! QUE FUNERAL !!!
  • Lourenço
    18 set, 2015 Setubal 14:51
    Claro que vão pagar menos. Os famintos e os mortos não pagam.
  • Tinicom
    18 set, 2015 Porto 14:33
    Estou farto desta gente, desta politica contra o povo, não é este tipo de sociedade que ambiciono. Para manterem os tachos sobrecarregam as pessoas com impostos altissimos e nem se preocupam em poupar nas despesas da administração pública que estão sempre a aumentar. Nem esquerda nem direita , ou está bem ou está mal, tudo o resto são oportunistas. O estado existe para gerir da melhor maneira a sociedade para o bem do povo e não contra o povo.
  • Burro sou Eu
    18 set, 2015 Setubal 13:59
    A saúde está práticamente toda privatizada, porque os preços já são quase os mesmos! Até os subsistemas (ADSE, ADM, e outros) já são uma autêntica roubalheira, levando muitas pessoas a achar que já não compensam (é o meu caso). Na verdade, este desgoverno ladrão ao colocar o Paulo Macedo como ministro da saúde foi só com o objetivo de a privatizar (ele que é um dos donos da Médis)!

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