13 set, 2015 - 23:03
A jornalista da Renascença Aura Miguel entregou ao Papa Francisco algumas lembranças simbólicas, no final da conversa de uma hora, gravada a 8 de Setembro, no Vaticano. A entrevista será emitida esta segunda-feira, às 9h00 (repete às 19h00). Poderá também ser lida e ouvida na íntegra no site da Renascença.
Entre as lembranças estão as capas de alguns jornais de 1947, altura em que o clube de que o Papa Francisco é adepto - o San Lorenzo de Buenos Aires - veio a Portugal dar uma "lição de futebol" às principais equipas portuguesas. A história é relatada com humor na imprensa da época e são agora esses registos que o Papa Francisco vai poder guardar no seu arquivo. No video em cima contamos toda a história.
O Papa recebeu ainda o livro comemorativo dos 75 anos da Renascença, um documento histórico que reúne testemunhos de várias personalidades das vidas religiosa, política, social, económica e cultural de Portugal e que acompanharam ou contribuíram para a história da estação de rádio fundada pelo monsenhor Lopes da Cruz.
Aura Miguel entregou também a Francisco um livro dos Santuários de Portugal, editado pelas Paulinas, com o apoio da Renascença.
Já que o Papa Francisco já confirmou a intenção de visitar Portugal, no centenário das aparições de Fátima, dentro de dois anos, a Renascença fez chegar ainda às mãos do Papa uma garrafa de Vinho do Porto de 1917, colheita do ano das aparições. Um vinho praticamente centenário, de grande valor, oferecido pela Sogrape.
Ao longo da entrevista, durante uma hora, o Papa falou de vários temas que desafiam os católicos e o mundo. Do drama dos refugiados às questões económicas, abordou ainda o tema do sínodo da família e falou, claro, também de Portugal.
A Renascença perguntou a cidadãos anónimos o que gostariam de perguntar ao Papa. Entre convites para comer pastéis de bacalhau, alguns temas acabaram por ser respondidos pelo Papa na entrevista à Renascença.
A Renascença avançou três momentos da entrevista do Papa, antes ainda da publicação da entrevista na íntegra.
O Papa Francisco diz que “ninguém tem garantida a felicidade mundana”. Questionado sobre a forma como assimila a sua popularidade, Francisco admite que se interroga com frequência sobre a sua “cruz”, invisível, lembrando que “Jesus, num certo momento, foi muito popular e depois acabou como acabou”.
O Papa revela ainda que conhece poucos portugueses – mas bons – e pede aos ouvintes da Renascença para rezarem por si.
A entrevista aconteceu enquanto decorria a visita "ad limina" dos bispos portugueses e um dia depois do encontro dos bispos com o Papa Francisco.
Foi o culminar de uma história que começou há nove meses, no voo do Papa para o Sri Lanka, quando a vaticanista Aura Miguel pediu a Francisco uma entrevista. A história é contada, em vídeo, pela jornalista da Renascença.
Aura Miguel acompanha há quase três décadas o Vaticano. É a mais antiga vaticanista portuguesa. Desvendamos histórias e peripécias de um percurso que lhe permitiu conhecer três Papas, por vezes com o protocolo posto de lado.
A entrevista exclusiva do Papa Francisco à Renascença é emitida na rádio esta segunda-feira, 14 de Setembro, às 9h00, com repetição às 19h00.