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Fundos europeus ajudam a explorar fundos marinhos

06 mai, 2015 - 16:07 • Filomena Barros

Uma rede que agrega a cadeia de valor ligada à biotecnologia do mar e dos biorecursos marinhos. É o tema que trazemos hoje ao espaço Euranet, para falar da potencialidade dos fundos financeiros da União Europeia.

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A BLUE BIO ALLIANCE é uma rede, criada em Portugal, para apoiar negócios ligados ao mar. Trata-se de empresas portuguesas que se juntaram numa rede de conhecimento e de negócios, para aplicar a investigação académica nas empresas que já existem ou criar novos negócios.

A rede é também uma plataforma para garantir financiamento para o sector do mar e, neste ponto, prepara-se para apoiar candidaturas aos fundos financeiros nacionais e fundos do próximo quadro comunitário, o Horizonte 2020, como explicou em entrevista à Renascença Helena Vieira, directora executiva da rede.

A BLUE BIO ALLIANCE é uma rede virada para os negócios do mar e que está, nesta altura, integrada na comitiva da visita do Presidente da República, Cavaco Silva, à Noruega. Um país que representa um potencial de mercado e de parcerias para as empresas portuguesas.

Por cá, três investigadores decidiram criar uma empresa – a BIOMIMETRIX - para desenvolver um produto que se destina às tintas marítimas. “Tudo começou quando se conheceram no meio académico”, como explica Gonçalo Costa, bioquímico.

O produto que querem apresentar no mercado “tem potencial, económico e ambiental e o sector está sensibilizado”, afirma Romana Santos, que é bióloga marinha.

Esta “start up” portuguesa quer lançar-se no mercado nacional e internacional. Lá fora pensa nos Estados Unidos e Escandinávia. O projecto teve um financiamento inicial de 200 mil euros, mas precisa de mais. E encontrar parceiros financeiros, é um dos objectivos da empresa, que integra a comitiva da visita do presidente da República à Noruega, como indica Cristina Simões, CEO da BioMImEtrix. Esta empresa criada em Novembro de 2013, pretende apresentar o seu produto no mercado daqui a 2 ou 3 anos.

Já a ALLMA tem produzido toneladas de microalgas. Sofia Mendonça, bióloga e gestora de negócio, explica que há várias utilizações, entre elas a produção de cereais. A Allma tem uma equipa 100% portuguesa, e chega a dar emprego a 40 pessoas.. Criada em 2013, tem previsto produzir este ano 20 a 30 toneladas de microalgas: um pó verde que consideram um ingrediente inovador. E dsta é uma empresa que vende no mercado nacional, mas também lá fora.
Fazer parte da rede Blue Bio Alliance poderá permitir novos negócios. Essa é também a aposta da Câmara Municipal de Cascais, que apoia a rede, desde a primeira hora. A rede funciona junto da empresa municipal DNA CASCAIS, nas instalações e com os técnicos que acompanham os projectos e nomeadamente os pedidos de financiamento e o presidente da Câmara, Carlos Carreiras, acredita no potencial desta plataforma.

A prioridade desta plataforma, da rede BLUE BIO ALLIANCE, é reforçar as empresas que lá estão (por agora, 81 membros, metade deles empresas ligadas ao negócio do mar).

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