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Desporto Adaptado

Dois ouros mundiais aos 37. Lenine Cunha ainda tem "mais uns aninhos" para dar ao atletismo

25 fev, 2020 - 16:15 • Henrique Cunha com Redação

Português sagrou-se campeão do mundo de pentatlo e triplo salto adaptados. Em entrevista à Renascença, revela que nunca uma vitória soube tão bem, pelo que lhe custou voltar ao topo.

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O final da carreira está longe para Lenine Cunha, de 37 anos, que acaba de conquistar duas medalhas de ouro, nos Mundiais de atletismo adaptado em pista coberta, em Torún, na Polónia. O atleta português sagrou-se campeão do mundo de triplo salto e pentatlo adaptados.

Esta terça-feira, em entrevista à Renascença, poucas horas depois da dupla conquista, Lenine Cunha garante que ainda tem muito para dar.

"Enquanto eu continuar a ganhar medalhas nestes campeonatos, Europeus e Mundiais, é sinal de que ainda não é tempo de pôr o ponto final na carreira. Ainda tenho mais uns aninhos", salienta.

As duas medalha de Lenine Cunha nos Mundiais de Torún têm significado especial, pelo que custou ao atleta português, que está "mesmo muito contente" com as vitórias, regressar ao melhor nível.

"Há muito tempo que não me sentia assim, porque a última vez que ganhei uma medalha de ouro foi há três anos. Depois, fui operado e a recuperação foi longa e agora, três anos depois, volto a ganhar o ouro e com 37 anos. É sinal de que a persistência dá frutos", sublinha.

Anatomia de uma vitória e mais três ao alcance


Lenine venceu o triplo salto com uma marca de 12,62 metros. No pentatlo, acumulou dois primeiros lugares, dois segundos e um terceiro. O atleta recorda recorda alguns momentos marcantes do pentatlo:

"Nos 60 metros barreiras, fui segundo, mas muito perto mesmo do primeiro. O tempo foi 9.38s e eu fiz 9.41s, foi mesmo ali rés-vés. Ganhei a prova de salto em comprimento, mas podia ter corrido muito melhor, porque no primeiro salto fiz nulo e era um salto muito bom. Como só são três saltos, eu não podia arriscar e saiu uma marca razoável, mas que me permitiu ir para a frente da prova. Quando fui para os 1.000 metros, só tive de gerir e mesmo assim acabei por ganhar a prova. Foi muito bom."

Lenine Cunha volta a entrar em ação na quarta-feira, com a final dos 60 metros barreiras, a final do salto em comprimento e a estafeta de 4x200 metros. Ou seja, estão mais três medalhas de ouro à espera.

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