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ONG britânica quer que Johnson cumpra promessa de defender a liberdade religiosa

24 jul, 2019 - 14:29 • Filipe d'Avillez

Enquanto candidato Boris Johnson comprometeu-se a fazer da defesa da liberdade religiosa uma prioridade.

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A ONG britânica Open Doors, dedicada à defensa dos cristãos perseguidos, está a pedir ao novo primeiro-ministro do Reino Unido que cumpra a sua promessa de dar prioridade à defesa e promoção da liberdade religiosa em todo o mundo.

“Apelamos ao primeiro-ministro Boris Johnson que apoie ativamente os nossos irmãos e irmãs perseguidos. Com mudanças no Governo em vista, é crucial que este assunto se mantenha na agenda política”, diz o grupo, num comunicado publicado no seu site.

Apesar de pessoalmente não ser um homem particularmente religioso, Boris Johnson tem tomado posição pública em favor da liberdade religiosa e contra a perseguição, sobretudo dos cristãos.

Quando a paquistanesa Asia Bibi foi libertada da prisão, após quase nove anos na cadeia por uma falsa acusação de blasfémia, Johnson escreveu ao então ministro da Administração Interna, Sajid Javid, exigindo que Londres oferecesse asilo à cristã. O Reino Unido acabou por dizer que essa oferta não seria conveniente, citando ameaças aos interesses britânicos no estrangeiro e Asia Bibi acabou por ser acolhida pelo Canadá.

“Tenho perfeita noção, enquanto ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, da constante ameaça às nossas missões no estrangeiro, mas não podemos permitir que a ameaça de violência nos impeça de fazer a coisa certa”, disse Johnson na altura.

Mais recentemente, quando foi apresentado um relatório sobre a perseguição aos cristãos no mundo, encomendado pelo Governo britânico e levado a cabo por uma equipa chefiada pelo bispo anglicano de Truro, com a colaboração da fundação Ajuda à Igreja que Sofre, Boris Johnson manifestou o seu interesse no assunto e publicou uma mensagem no Twitter dizendo que caso se viesse a tornar primeiro-ministro comprometia-se a dar prioridade à proteção das liberdades religiosas e defesa dos perseguidos.

É esse compromisso que a Open Doors quer ver agora cumprido, pedindo inclusive ao novo primeiro-ministro que torne permanente o cargo de Enviado Especial para a Liberdade de Religião ou de Crença, criado por Theresa May.

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