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Centenário de Amália Rodrigues vai revelar lado mais privado da fadista

23 jul, 2019 - 17:33 • Maria João Costa

Concertos, exposições, uma missa campal e uma casa museu mais aberta ao público vão marcar o ano em que Amália Rodrigues faria 100 anos.

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Segundo os registos, se fosse viva, Amália Rodrigues faria esta terça-feira 99 anos. A data foi escolhida pela Fundação que guarda o seu espólio para anunciar a programação que irá assinalar o centenário da fadista.

Foram anunciadas duas grandes exposições, uma delas itinerante que irá levar a vida e a voz de Amália por todo o país. Segundo anunciou Rui Órfão, arquiteto responsável pela mostra, será uma exposição que mostrará a “Amália oculta, dos camarins”.

Também programada está outra exposição que terá lugar em vários centros comerciais do grupo Sonae e que mostrará “fotografias menos comuns, dos álbuns privados” guardados na Casa Museu Amália Rodrigues.

Além destas exposições foi também anunciado para 2020 uma Gala Centenária Amália Rodrigues que terá lugar em Lisboa.

Numa tarde de sol e calor nos jardins da casa museu onde Amália viveu na rua de São Bento, em Lisboa, foi também anunciado o relançamento da Fundação Amália Rodrigues. O seu presidente, Vicente Rodrigues explicou que querem apostar na requalificação da casa museu, tornando-a mais acessível para todos e com melhores condições de segurança e de climatização para preservar o espólio da fadista do “Com que Voz”. Há documentos e vestidos da fadista que têm de ser preservados.

No testamento da fadista, há também algo que não tem sido cumprido, referiu Vicente Rodrigues, que se prende com o ajudar pessoas desfavorecidas no Brejão. Diz o testamento que dos rendimentos da casa museu deveriam ser entregues 15% à Casa Do artista e 15% ao Centro de Saúde do Brejão e para outras instituições de beneficência. A questão explicou o presidente da Fundação, é que a casa “não dá lucro”.

Na conferência de apresentação do centenário, Carlos Coelho – especialista na área de marcas – leu um texto em que se referiu á fadista como “um símbolo” que deve ser rentabilizado.

Mas o legado de Amália vai também ser evocado em Odemira, concelho no qual a fadista passou férias e tinha uma casa de veraneio. Em outubro haverá uma visita à casa de férias, a Herdade Amália, onde será celebrada uma missa campal e terá lugar uma noite de fados.

Os palcos do Altice Arena, em Lisboa e o pavilhão Rosa Mota no Porto e o multiusos de Guimarães irão também receber o espetáculo Amar Amália a 5 de outubro, 16 de novembro e 8 de novembro respetivamente. Segundo Jorge Veloso que promove o concerto, este será um espetáculo que junta nomes como Dulce Pontes, Simone de Oliveira, Paulo de Carvalho, Jorge Palma, Marco Rodrigues, Áurea ou Cuca Roseta.

Além destas iniciativas, os CTT lançarão selos comemorativos, será lançado um relógio de edição limitada pela Tissot, um conjunto de óculos de sol e haverá um vinho comemorativo.

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