Campeão do mundo de judo é português e luta pelo Europeu

João Neves, o primeiro português a conseguir o título de campeão mundial de Judo de Veteranos, em 2018, no México, luta pelo título europeu nas Canárias.

Agora com 56 anos, pratica judo desde os seis anos de idade. A ligação à modalidade dura há meio século. Desde os 19 anos que dá aulas de judo no Ginásio Clube Português, em Lisboa.

Em 2018, tornou-se no primeiro português a conquistar o mundial de Judo de Veteranos, no México. A partir de quarta-feira, nas Ilhas Canárias, participa no Campeonato Europeu 2019, nas Ilhas Canárias.

“Comecei a praticar a modalidade muito cedo, por opção dos meus pais porque havia um clube de judo perto de minha casa. Sempre gostei muito da modalidade. Comecei a competir em pequenas provas com clubes da zona e depois as coisas foram evoluindo. Fui aos campeonatos nacionais e cheguei a atleta olímpico. Fiquei em novo lugar em Los Angeles em 1984 e fiz ainda mais dois percursos olímpicos, Seul 88 e Barcelona 92”, refere, em entrevista a Bola Branca.

O assalto ao europeu depois do título mundial

Com uma ligação de meio século à modalidade, João Neves dá aulas de Judo no Ginásio Clube Português desde os 19 anos. A partir dos 35 anos, começa a idade de veteranos e há vários escalões etários.

“No Europeu de 2018, fiquei em terceiro lugar, em Glasgow. Depois, fui ao Mundial no México e ganhei. Este ano, vou tentar conquistar o europeu. Estou a trabalhar para isso”, afirma, com confiança.

Depois do Europeu, ainda não é certa a presença no Mundial em Marrocos, no próximo mês de Outubro: “Está dependente dos apoios. O escalão de veteranos não tem apoios nem da Federação nem do Estado. É tudo suportado por mim e as despesas são enormes."

As experiências no voleibol e futebol

João Neves reside em Cascais e é natural de Viseu. Tem uma vida dedicada ao judo, mas também experimentou outras modalidades.

“Joguei voleibol e futebol, mas o judo foi sempre a minha paixão porque não dependo de ninguém. Apenas das minhas decisões para ganhar ou perder”, argumenta.

João Neves brinca com uma realidade alternativa em que ganharia títulos com uma bola de futebol em vez de um cinturão negro: “No futebol, gostava de ser avançado porque tinha velocidade e gostava de marcar golos. Ganhou-se um judoca mas não sei se se perdeu um avançado."