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Barão da droga "El Chapo" condenado a prisão perpétua

17 jul, 2019 - 15:37 • Redação com agências

Líder do cartel de Sinaloa foi condenado ainda a pagar uma multa no valor de quase 13 mil milhões de dólares.

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Joaquin "El Chapo" Guzman, o traficante mexicano considerado culpado de administrar uma empresa criminosa que contrabandeava toneladas de droga para os Estados Unidos, foi condenado esta quarta-feira a prisão perpétua por um tribunal norte-americano.

A sentença foi lida esta quarta-feira num tribunal de Brooklyn, Nova Iorque, nos Estados Unidos, na presença da mulher do agora condenado, Emma Coronel Aispuro. O juiz responsável pelo processo, que falou de uma "maldade esmagadora", condenou ainda o líder do cartel Sinaloa a pagar uma multa no valor de quase 13 mil milhões de dólares (quase 12 mil milhões de euros).

"Guzman nunca mais vai fazer passar veneno pela nossa fronteira, fazendo biliões de dólares enquanto vidas inocentes são perdidas para a violência e dependência das drogas. Podemos assegurar que ele vai passar cada minuto de cada dia do resto da sua vida na prisão", declarou o procurador Richard Donoghue, em conferência de imprensa.

Guzman, de 62 anos, foi declarado culpado, em fevereiro passado, de traficar toneladas de cocaína, heroína e marijuana, bem como de estar envolvido em vários homicídios enquanto líder do cartel de Sinaloa, conhecido como uma das maiores e mais violentas organizações de tráfico de drogas do México.

Antes de a sentença ser proferida, Guzman acusou as autoridades norte-americanas de o terem torturado mentalmente e os jurados de se terem deixado influenciar por relatos publicados nos média - a leitura de notícias fora proibida pelo tribunal. Por isso, os advogados de defesa pretendem recorrer da decisão do juiz.

"Os Estados Unidos não são melhores do que qualquer outro país corrupto", disse Guzman, acrescentando que a sua condenação tem como objetivo mandá-lo para "uma prisão na qual nunca mais serei ouvido".

De acordo com as autoridades norte-americanas, “El Chapo” tornou-se o traficante mais poderoso do mundo após a morte do colombiano Pablo Escobar, em 1993.

Preso pela primeira vez na Guatemala, em 1993, e após ser condenado a 21 anos de prisão, Guzmán escapou em 2001 de uma penitenciária de alta segurança de Puente Grande (estado de Jalisco).

Após 13 anos em fuga, foi capturado em 2014, mas escapou um ano mais tarde de uma prisão de máxima segurança de Altiplano, perto da Cidade do México, através de um túnel com 1,5 quilómetros.

Em janeiro de 2016, e após várias tentativas, o Presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, anunciou finalmente a captura de “El Chapo”. Um ano mais tarde, foi extraditado para os Estados Unidos.

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