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Granizo destrói culturas em Mogadouro. "Até metia medo, pareciam bolas de pingue-pongue"

13 jul, 2019 - 18:21 • Manuela Pires com Lusa

Granizo causou grandes prejuízos na agricultura. Ministério da Agricultura está a avaliar estragos.

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Uma forte trovoada acompanhada de chuva e granizo provocou estragos em vários pontos do concelho de Mogadouro, distrito de Bragança.

O presidente da junta de freguesia de Tó, no norte do concelho de Mogadouro, António Marcos, adiantou à Renascença que o granizo causou grandes prejuízos na agricultura.

A tempestade “até metia medo”, conta António Marcos. "Pedras enormes, tipo bolas de pingue-pongue, o que veio a causar grandes prejuízos na agricultura, sendo esta aldeia vocacionada para a vinha, a oliveira e o souto (castanheiro)".

O ministério da Agricultura está “no terreno” a avaliar os estragos.

“Os serviços do Ministério da Agricultura encontram-se no terreno a fazer a avaliação dos estragos causados pela queda de chuva e de granizo que hoje atingiu diversos pontos do concelho de Mogadouro, no distrito de Bragança”, indica o ministério liderado por Luís Capoulas Santos, em comunicado enviado à Renascença.

A tutela acrescenta que os seus serviços “estão focados na identificação de prejuízos materiais relacionados com situações que possam dar origem à necessidade de restabelecimento do potencial produtivo (infraestruturas de apoio à atividade agrícola e equipamentos)”.

Relativamente às culturas, o ministério da Agricultura indica que a queda de chuvas intensas e de granizo constitui um risco coberto pelo sistema de seguros agrícolas de colheitas, que “está disponível para todos os agricultores” e que é subsidiado em 60% pelo ministério.

No entanto, segundo António Marcos, a maior parte dos agricultores não tem seguros de colheita.

O ministério da Agricultura indica ainda que já foi emitida uma carta circular destinada aos fruticultores e aos viticultores, indicando “o tipo de intervenção que devem fazer nas culturas, bem como os tratamentos a aplicar, a fim de minimizar os efeitos de eventuais problemas que possam afetar as árvores de fruto e as vinhas na sequência da queda de chuva e granizo”.

Com a população a diminuir em número, o presidente da junta de freguesia de Tó, Mogadouro, diz ainda haver "cerca de 50, 60 pessoas diariamente a trabalhar na agricultura".

António Marques avança que muitas culturas ficaram destruídas, “quando já estava tudo preparado para fazermos a apanha".

José Carrasco, comandante dos bombeiros de Mogadouro, disse à Lusa que os operacionais foram "solicitados para várias ocorrências em vários pontos do concelho", acrescentando que os maiores prejuízos relatados foram ao nível das culturas agrícolas, em várias aldeias do concelho.

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