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Exames de chinês perdem-se na viagem do Minho para a China. Alunos podem repetir o exame

09 jul, 2019 - 10:30 • Rui Barros

Os exames oficiais do Instituto Confúcio da UMinho têm de ser corrigidos na China, mas, desta vez, algo correu mal na viagem de 9.400 quilómetros: os cartões de respostas estão em parte incerta.

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Os alunos que realizaram os exames oficiais de língua chinesa no Instituto Confúcio da Universidade do Minho vão poder repetir as provas que realizaram em maio, depois de os cartões de resposta terem desaparecido a caminho da China.

A informação foi confirmada à Renascença pelo instituto, que tomou a decisão de deixar os alunos que realizaram, a 11 de maio, os Exames Oficiais de Língua Chinesa HSK (Hànyŭ Shǔipíng Kǎoshì) e YCT (Youth Chinese Test) repetir a prova, uma vez que os cartões com as respostas “tardavam em chegar ao destino”.

“Segundo as regras do Hanban [Gabinete Nacional de Divulgação da Língua Chinesa no Mundo], os cartões de resposta dos alunos devem ser selados num envelope e enviados por correio expresso para o Centro de Exames, em Pequim, para correção, trabalho que o Instituto Confúcio fez”, faz saber a instituição, em resposta às questões colocadas pela Renascença relativamente ao desaparecimento destas provas.

O organismo considera, no entanto, que “ainda é cedo para prestar declarações em relação ao desaparecimento das provas”, uma vez que a instituição responsável pela realização das provas não descura “a procura das mesmas”.

“Continuamos incessantemente em contacto com a empresa responsável”, diz fonte da instituição, acrescentando que os exames foram enviados através dos serviços dos CTT.

Contactada pela Renascença, fonte oficial dos CTT confirmou que o pacote com os exames "foi aceite no dia 13 de maio, tendo sido expedido no dia 15 de maio com destino a Pequim, na China". No entanto, diz a mesma fonte, "os CTT não têm ainda indicação da receção deste objeto por parte do operador postal chinês".

A empresa acrescenta que a "situação de extravio" pode, "eventualmente, estar relacionado com a operação local do operador chinês".

O Instituto Confúcio não adianta quantos examinados foram afetados por este extravio de respostas. No entanto, e de acordo com o jornal académico "ComUM", a prova HSK é bastante concorrida, nomeadamente pelos alunos da Licenciatura em Estudos Orientais, uma vez que é um dos requisitos para obter bolsa do governo chinês.

Os exames HSK e YCT são dois exames promovidos pelo Hanban - um organismo tutelado pelo Ministério da Educação da República Popular da China que pode ser equiparado ao Instituto Camões, em Portugal - e destinam-se a estudantes que estão a aprender chinês como língua estrangeira.

Estas provas de habilitação da Língua Chinesa são as únicas reconhecidas internacionalmente.

[Notícia atualizada às 17h57 com a informação sobre o pacote com os exames por parte da CTT]

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