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Santuário do Bom Jesus e Palácio de Mafra eleitos Património da UNESCO

07 jul, 2019 - 09:12 • Pedro Mesquita , Marta Grosso , Carla Fino

Mafra “é o único sítio no mundo com seis órgãos pensados para tocar conjuntamente” e no Bom Jesus de Braga está o “único elevador” que “ainda hoje se move a água”.

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O Santuário do Bom Jesus, em Braga, e o Palácio de Mafra foram este domingo classificados Património Cultural Mundial da UNESCO. A decisão decorreu da reunião do comité da organização, a decorrer em Baku, no Azerbaijão, e foi conhecida esta manhã.

A classificação do Santuário do Bom Jesus foi a notícia mais recente.O Santuário do Bom Jesus, em Braga, e o Palácio de Mafra foram este domingo classificados Património Cultural Mundial da UNESCO. A decisão decorreu da reunião do comité da organização, a decorrer em Baku, no Azerbaijão, e foi conhecida esta manhã.

A classificação do Santuário do Bom Jesus foi a notícia mais recente e eleva para 17 o número de locais em Portugal classificados pela UNESCO.

Em Mafra, foi classificado todo o conjunto composto pelo Palácio de Mafra, a basílica, o Convento, o Jardim do Cerco e a Tapada.

“Um dia memorável” no Bom Jesus de Braga

O arcebispo de Braga reage com “muita alegria” à notícia da classificação do Bom Jesus como Património Cultural Mundial da UNESCO.

“Esta notícia faz com que o dia de hoje seja, para mim, um dia memorável e também histórico para Braga e para o país”, afirma D. Jorge Ortiga à Renascença, sublinhando que se trata do “reconhecimento de um património cultural e também ambiental de que a Igreja de Braga é detentora”.

Num convite aos visitantes, D. Jorge Ortiga destaca toda “a integridade” do espaço.

“Convém visitar não apenas a basílica, mas entrar pelo pórtico, subir, entrar naquelas capelas, entrar naquele espaço de granito onde estão representados os sentidos e as virtudes, depois percorrer a mata naquilo que ela tem com algumas espécies arbóreas únicas e depois, porque não, o regresso pelo elevador com mais de 100 anos de vida e que é único e ainda hoje se move a água”, aponta.

Mafra já devia ser Património Mundial

O diretor do Palácio de Mafra manifesta-se agradado com a classificação conhecida neste domingo, mas sublinha a importância deste monumento de estilo Barroco e defende que a classificação como Património Cultural Mundial da UNESCO peca por tardia.

“Penso que um conjunto com a qualidade que referiu, um bem que é constituído pelo palácio, pelo Convento, pelo Jardim do Cerco, pela Tapada poderia e deveria estar já classificado há mais tempo como Património da Humanidade”, afirma Mário Pereira à Renascença.

“Estamos perante um conjunto extremamente singular, um conjunto constituído por toda uma série de bens que não existem em mais outro sítio”, explica, para logo destacar a arquitetura do palácio.

“É uma arquitetura notável. O Palácio de Mafra é mais do que uma casa onde estão as mobílias dos reis, das rainhas, dos príncipes e das princesas; é, de facto, a arquitetura”, diz.

Além disso, continua Mário Pereira, Mafra “é o único sítio no mundo que tem seis órgãos pensados para tocar conjuntamente”. E é por isso que, por exemplo neste domingo, haverá um concerto a seis órgãos.

Portugal foi o único país a inscrever dois monumentos na lista da UNESCO. Além dos agora 17 classificados, Portugal conta com outros 11 que constituem património mundial de origem portuguesa no mundo.

O Centro Histórico de Angra do Heroísmo, o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém, em Lisboa, num conjunto de proximidade, o Mosteiro da Batalha e o Convento de Cristo, em Tomar, foram os primeiros classificados, em 1983.

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