26 jun, 2019 - 10:36 • Lusa com Redação
Treze pessoas foram detidas na zona de Loulé, distrito de Faro, no âmbito da Operação "DYNAMO", de combate à comercialização ilegal de tabaco, tendo sido apreendidos 15 milhões de cigarros. Em comunicado, a GNR adianta ter desencadeado na terça-feira, através do destacamento de Ação Fiscal de Faro, uma operação na qual foram detidas 13 pessoas, 12 homens e uma mulher, com idades entre os 30 e os 65 anos, de nacionalidade polaca, ucraniana, romena, russa e portuguesa.
Na operação foi apreendido tabaco suficiente para introduzir no consumo cerca de 46 milhões de cigarros.
A investigação à "organização criminosa internacional que se dedicava à produção e comercialização fraudulenta de tabaco" decorria há ano e meio e levou ao desmantelamento de uma fábrica ilegal de manufaturação de cigarros em larga escala.
Na terça-feira, a GNR deu cumprimento a 14 mandados, dos quais cinco de detenção, sete de busca domiciliária, um de busca à fábrica de manufaturação ilícita de tabaco e um de busca ao armazém utilizado para o depósito da produção ilícita.
Durante a operação, a GNR apreendeu cerca de 15 milhões e 600 mil cigarros produzidos na fábrica, cerca de 17 toneladas de folha de tabaco (daria para produzir cerca de 16 milhões e 800 mil cigarros), cerca de 14 toneladas de tabaco triturado (daria para produzir 13 milhões e 750 mil cigarros) e cinco máquinas utilizadas na trituração de folha de tabaco, manufatura e acondicionamento.
Os militares apreenderam ainda matérias-primas diversas utilizadas na produção ilícita, como filtros, colas, boquilhas, tubos para cigarros, cartão de maços, celofane, papel de tabaco e caixas para embalar tabaco, seis viaturas ligeiras e uma arma de fogo.
"Estima-se que a fraude e evasão fiscal, gerada pela produção e comercialização do tabaco produzido na referida fábrica, que tinha como destino o território nacional e países da União Europeia, seja de montante superior a 9 milhões e 600 mil euros", destaca a GNR.
A operação, que a GNR diz ser inédita em Portugal, culminou com o desmantelamento da primeira infraestrutura de produção massificada de cigarros em Portugal e contou com o apoio da EUROPOL e com a colaboração da Polish Border Guard e da Polish Police.