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​Demitiu-se o diretor artístico do Teatro Nacional São Carlos

25 jun, 2019 - 18:35 • Redação

Saída de Patrick Dickie acontece um dia depois de ser conhecida a demissão do presidente da Opart e em pleno braço de ferro entre os trabalhadores do Teatro Nacional de São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado e o Ministério da Cultura.

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O diretor Artístico do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), Patrick Dickie, apresentou esta terça-feira a demissão.

“O diretor artístico do Teatro Nacional de São Carlos, Patrick Dickie, informou esta tarde S. Exa. a ministra da Cultura que, por razões pessoais, não tem condições para equacionar a continuidade naquelas funções”, refere o TNSC, em comunicado.

O mandato de Patrick Dickie termina a 31 de agosto, "pelo que será efetivamente essa a data em que cessa o exercício das suas funções como diretor artístico", adianta a nota.

Patrick Dickie sublinha que tem sido "uma honra desempenhar estas funções e trabalhar com todos os colaboradores do TNSC, em particular os extraordinários artistas da Orquestra Sinfónica Portuguesa e o Coro do Teatro Nacional de São Carlos".

A saída do diretor Artístico do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC) acontece um dia depois de ser conhecida a demissão do presidente do conselho de administração do organismo cultural Opart, Carlos Vargas.

A Opart é o organismo que tutela o Teatro Nacional de São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado.

As demissões acontecem numa altura em que os trabalhadores do Teatro Nacional de São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado estão em greve (iniciada no dia 7), com um caderno reivindicativo e por causa de uma "quebra de confiança em relação à administração e à tutela [Ministério da Cultura]".

O Governo anunciou esta terça-feira que, a partir de 1 de julho, os trabalhadores da Companhia Nacional de Bailado voltarão às 40 horas semanais, numa uniformização laboral com os trabalhadores do Teatro Nacional de São Carlos.

A decisão foi comunicada esta terça-feira pela secretária de Estado da Cultura, Ângela Ferreira, numa reunião com o Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, do Audiovisual e dos Músicos (CENA-STE), que representa os trabalhadores das duas estruturas culturais, tuteladas pelo Organismo de Produção Artística (Opart), e que estão em greve exigindo uma harmonização salarial.

No final da reunião, André Albuquerque, do sindicato Cena-STE, lamentou aos jornalistas a falta de abertura do Governo para negociar, e anunciou que os trabalhadores irão manter-se em greve, estando a ser ponderadas novas formas de luta e um pedido de audiência ao primeiro-ministro. Rejeitam, para já, avançar com qualquer processo em tribunal, porque querem que o Governo resolva o diferendo.

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