25 jun, 2019 - 12:25 • Redação
Há cada vez mais árabes que se definem como não sendo religiosos, segundo um estudo da Araba Barometer revelado na segunda-feira pela BBC.
O estudo avaliou onze países, mas não inclui os estados árabes do Golfo.
O recuo em relação à religião é mais pronunciado no Norte de África, com a Tunísia, a Líbia e Marrocos a apresentar valores mais altos.
Comparando com dados de 2013, o estudo conclui que na Tunísia o número de pessoas que dizem que não são religiosas subiu de cerca de 15% para mais de 30% no espaço de cinco anos, enquanto na Líbia passou de pouco mais de 10% para cerca de 25% e na Argélia o aumento foi de perto de 7% para 15%.
Marrocos e Egito também assistem a aumentos consideráveis, embora comecem de valores bastante inferiores. Em ambos os casos a percentagem que se define como não religiosa era abaixo dos 5% em 2013 e fixa-se agora acima dos 10%.
A única exceção à regra, entre os países avaliados, é o Iémen, onde o número de pessoas religiosas aumentou de cerca de 5% para perto dos 12% e noutros territórios, como o Líbano, Iraque e Territórios Palestinianos a variação é marginal.
Segundo a BBC, o estudo revela ainda que em sete dos países o conceito de homicídio de honra, isto é, matar alguém por supostamente ter desonrado a família, é considerado mais aceitável do que a homossexualidade, embora apenas uma minoria dos inquiridos aprove quer de uma coisa quer de outra.