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Fogo de Monchique está em fase de resolução. Quase 200 bombeiros continuam no terreno

12 jun, 2019 - 16:28 • Redação com Lusa

Fogo deflagrou numa zona de mato. Alerta foi dado às 15h11.

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O incêndio que deflagrou esta quarta-feira à tarde em Chã da Casinha, no concelho de Monchique, no distrito de Faro, estava em fase de resolução pelas 19h00, avança a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

Meia hora antes, fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro tinha dito à Renascença que a única frente ativa estava a ceder aos bombeiros.

Pelas 21h00, estavam no terreno 175 operacionais, apoiados por 58 viaturas, após envio de reforços de Setúbal, Lisboa e Évora. Nas primeiras horas do incêndio, estiveram mobilizados no combate às chamas 10 meios aéreos, um terço do total de meios atualmente disponíveis.

O vento forte que se faz sentir dificultou o combate ao fogo, após o alerta dado às 15h11, de acordo com o site da Proteção Civil.

O fogo deflagrou numa zona de mato, a apenas alguns quilómetros do local onde se registou o grande incêndio de 2018, na mesma serra, que destruiu um total de 74 habitações.

À Renascença, o comandante Rui Laranjeira, da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), disse que, "neste momento, não há indicação de habitações ou pessoas em risco".

Também não há informação de condicionamento de estradas ou caminhos devido ao fogo, que lavra em duas frentes. A zona, segundo fonte da Proteção Civil citada pela Lusa, é de "difícil acesso", de mato e eucaliptal, o que também está a dificultar o combate às chamas.

A Renascença falou com Mário Pereira, dono de alojamento local na zona de Chã da Casinha, que viu as chamas muito perto da sua quinta.

“O fogo esteve a cerca de cem metros da nossa quinta, já foi mais para trás, agora está a ir em direção a Marmelete. O que se passa aqui por detrás da serra não sei, mas o que sei é que estão aqui uns 60 ou 70 carros de bombeiros à minha porta, o comando dos bombeiros e até o presidente da câmara. São dez ou 12 aviões que estão continuamente a voar por aqui”, conta Mário Pereira.

O alojamento local “nunca esteve em risco”, apesar da aproximação do fogo. Apenas algumas ruínas estiveram em perigo, segundo a mesma fonte.

“Se houver alguma coisa somos logo evacuados e não seria a primeira vez. O ano passado fomos evacuados também”, afirma Mário Pereira nestas declarações à Renascença.

As chamas voltam a atingir o concelho de Monchique, depois do grande incêndio do ano passado, que foi o maior da Europa, com 27 mil hectares de área ardida e mais de 41 feridos.

[Atualizado às 21h02]

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