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Ferro e Rúben Dias. A viagem na "Caixa de Campeões"

11 jun, 2019 - 12:45 • João Fonseca

Bola Branca apresenta um trabalho exclusivo sobre a formação do Benfica. Os jogadores, os treinadores e os dirigentes. Três capítulos que contarão, ainda, com Bruno Lage e Luís Filipe Vieira.

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Viagem à "Caixa de Campeões". Por dentro da formação do Benfica
Viagem à "Caixa de Campeões". Por dentro da formação do Benfica

Bola Branca apresenta, ao longo da semana, um trabalho sobre os caminhos da formação do Benfica, numa visita exclusiva e aberta à reportagem da Renascença. O objetivo passa por perceber os passos dados por alguns dos jogadores, dos ensinamentos dos treinadores e da visão dos dirigentes, com Luís Filipe Vieira em primeiro plano.

Rúben Dias e Ferro, produtos da "Caixa de Campeões", foram juntos, aos 22 anos, campeões nacionais. Ambos titulares no ano do 37.º título do Benfica. Concretizaram um sonho que começou bem cedo.

Rúben nasceu nos arredores de Lisboa e chega ao Seixal em 2008/09. Ferro teve que deixar Oliveira de Azeméis, iniciando um caminho difícil ainda em tenra idade.

As saudades de Ferro

“Foi sem dúvida um grande choque para mim, com 12 anos. Só fiquei cá 15 dias e tive que voltar para casa. Acaba por ser um choque muito grande, vimos de casa, dos pais e dos amigos”, começou por dizer.

O defesa agarrou-se às origens e só o seu talento e apoio familiar, aliado à persistência das águias, levaria Ferro a regressar ao Seixal. Uma pausa de dois anos para perceber como fintar a saudade dos mais próximos e de se agarrar ao maior dos sonhos.

“Aqui temos que crescer muito mais rapidamente, temos que nos tornar independentes com poucos anos de vida. Chego da escola tenho treinos e não tenho os meus pais para dar um conselho. Temos que ser nós, jogadores, amigos, a ser pais uns para os outros. Os mais velhos acabam por ser pais dos mais novos”, acrescenta.

Rúben e as pessoas

Para Rúben Dias, a exigência foi sempre mote, mesmo mais novo nunca deixou de encarar a adversidade de frente, sendo certo que ter a família por perto foi um bem precioso. Mas vencer num grande clube, mesmo na formação, tem um preço.

“Só as ferramentas e só as pessoas para ajudar não funciona. É preciso uma pessoa que queira ser ajudada, que queira chegar lá. Quem pensar que isto é um mecanismo, uma escola e quanto te graduares acaba ali, ponto final [está enganado]. As coisas não são assim. É preciso uma vontade superior à dos outros. A formação do Benfica são as condições, as pessoas, porque não sei se há melhor para nos ajudar a chegar a este patamar”, alerta o internacional português.

Lado a lado até ao topo

A afirmação de ambos aconteceu em épocas diferentes, mas atingiram o título desejado em conjunto, depois do percurso feito um ao lado do outro na formação.

“Para nós, tem um sabor muito especial, porque também estamos a ajudar o presidente. Estamos lado a lado com ele em dar sentido ao que ele já há muito tempo vem a falar. Se calhar, ao início algumas pessoas ainda hesitaram e agora vêm os frutos”, dispara Rúben Dias.

“Este campeonato é um resumo disso [afirmação da formação] e será daqui para a frente. Já ninguém duvida de que este é o rumo, o rumo certo”, concluiu Ferro.

Ferro e Rúben Dias produtos de uma "caixa de campeões", num trabalho exclusivo de Bola Branca, no centro de estágio do Seixal.

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