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Liga das Nações obriga agentes da PSP a semana de 90 horas

06 jun, 2019 - 02:42 • Redação

A denúncia é da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), que acusa o Governo de esquecer os agentes na preparação da segurança da prova.

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A Liga das Nações em futebol obriga agentes da PSP a semana de mais de 90 horas. A denúncia é da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), que acusa o Governo de esquecer os agentes, na preparação da segurança da prova.

Ouvido pela Renascença, o sindicalista Paulo Rodrigues defende que os profissionais não estão a ser respeitados.

“Esta semana em que há Taça das Nações, estamos a falar de um evento que já se sabe que se vai realizar em Portugal há cerca de um ano e não houve a capacidade do Governo encontrar formas de não deixar que a grande maioria dos polícia da zona norte trabalhe mais de 90 horas durante esta semana e, ainda por cima, nem sequer ter pensado numa compensação para esses profissionais que vão trabalhar todos os dias, de segunda a sexta, e não foi considerado sequer uma pequena compensação já que vão trabalhar tantas horas”, afirma o sindicalista.

Paulo Rodrigues concorda com o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita: é preciso ir mais longe na formação dos polícias.

O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia defende a necessidade de mais condições para um melhor trabalho dos agentes da PSP.

“A formação nunca é demais, no entanto, não podemos esquecer que muitas vezes a intervenção que não vai ao encontro daquilo que se pretendia, não é por responsabilidade dos polícias, mas sim, como diz também a Inspeção-Geral da Administração Interna, por falta de efetivos, por falta de enquadramento hierárquico, por falta de condições de trabalho. É preciso é repensar a organização da PSP e o modelo que existe atualmente”, defende Paulo Rodrigues.

"É preciso ir mais longe nos padrões de formação", diz ministro

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, admitiu esta quarta-feira, à margem da cerimónia de entrega de viaturas à PSP, em Leiria, que "é preciso ir mais longe nos padrões de formação" dos polícias.

Confrontado com uma auditoria da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI), divulgada pelo Diário de Notícias, e que reconhece falhas na formação em matéria de direitos humanos, falta de preparação para os diferentes contextos sociais em que atuam e uma distribuição desadequada do dispositivo e défice de efetivo, Eduardo Cabrita afirmou que "esse trabalho" foi determinado sob sua ordem.

"O relatório está em consulta às forças de segurança. Evidencia a notável melhoria nos padrões de formação e exigência das forças de segurança", que "são admiradas pelos portugueses e a " área do serviço público que tem uma melhor avaliação dos portugueses".

Segundo o ministro, essa melhoria é "essencial para os elevados padrões de segurança" que existem em Portugal". "Por isso, é preciso ir ainda mais longe nesses padrões de formação e, por isso, é que esse trabalho foi desenvolvido pela IGAI e está, neste momento, a ser avaliado pela PSP e pela GNR. Logo que receba as conclusões dessa avaliação estabelecerei as alterações, o novo plano de formação", disse.

O objetivo reconheceu, é ter "polícias ainda melhores".

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