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Equilíbrio de forças na Europa não favorece Portugal, diz António Costa Pinto

27 mai, 2019 - 16:17 • Henrique Cunha

Mesmo que António Costa fosse eleito presidente da Comissão Europeia, muitas das suas propostas não passariam, defende o politólogo em entrevista à Renascença.

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As duas grandes famílias europeias – o PPE e os socialistas e democratas – perderam alguma força na consequência das eleições de domingo, levando a que a nova correlação de poder vai obrigar a uma negociação suplementar, e provavelmente mais demorada.

As europeias confirmaram o reforço significativo da bancada liberal, que deverá integrar o partido do Presidente Francês, Emmanuel Mácron e também a ascensão de Os Verdes.

Na opinião do politólogo, António Costa Pinto, a família liberal passará mesmo a “ter um papel decisivo na escolha dos próximos líderes europeus”.

O especialista diz que “vamos ter uma União Europeia mais ao centro do espectro político e com menor peso das famílias políticas que defendem uma Europa Social”.

António Costa Pinto diz que não se pode “sobrevalorizar o papel de António Costa” na futura negociação dos líderes europeus.

Nestas declarações à Renascença, o especialista começa por fazer uma breve análise ao resultado das eleições de ontem.

Vem aí uma “União Europeia mais ao centro do espetro político” e simultaneamente “com menor peso das famílias políticas que defendem uma Europa social”. Na opinião do politólogo António Costa Pinto, o resultado das Europeias de Domingo não constitui "uma boa noticia para a Europa do Sul".

Na opinião do especialista, a nova correlação de forças na Europa, não permitirá que António Costa venha a ter um papel relevante junto dos decisores: “Mesmo que António Costa pudesse ser o presidente da Comissão Europeia, não vamos sobrevalorizar o seu papel. Muitas das suas ideias e propostas não passariam. O mesmo aconteceu, aliás, com Durão Barroso”, conclui.

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