24 mai, 2019 - 11:46 • Redação
O Banco Alimentar lança este fim de semana mais uma campanha de recolha de alimentos nos super e hipermercados portugueses.
Em entrevista à Renascença, a presidente da Federação de Bancos Alimentares, Isabel Jonet, diz que não teme a concorrência da final da Taça, no Sábado, e das eleições europeias no domingo, ou sequer do calor que se fará sentir o fim de semana todo.
“Presumo que as pessoas possam alterar as suas idas ao supermercado para umas horas diferentes, mas que acabarão por ir”, diz.
“Aquilo que tenho mais receio é que os voluntários tenham menos que fazer durante o dia e que tenham picos de tarefa no final do dia, mas estou convicta que esta campanha será o melhor que puder ser para este fim de semana.”
O objetivo para este ano é pelo menos igualar a quantidade de comida recolhida na campanha do ano passado. “Uma campanha como a de maio recolhe à volta de 1400 toneladas. Estamos a falar de grandes números e a minha expetativa é que possamos ter um número pelo menos equivalente.”
Apesar de Portugal estar já numa fase de recuperação económica, Isabel Jonet diz que a ajuda dada pelo Banco Alimentar continua a ser tão importante como sempre foi. “A crise foi em 2010 e atingiu de uma forma muito violenta muitas famílias. Desde então houve recuperação económica, mas também desde então as pessoas que estavam em situação de pobreza ainda estão. Temos menos desemprego, mas temos um emprego muito diferente.”
“Estas campanhas são absolutamente indispensáveis para levar ajuda alimentar às pessoas que são apoiadas pelas instituições. Para que possam quebrar ciclos de pobreza e para que os filhos destas famílias possam ter uma vida mais digna”, conclui.
Esta nova campanha decorre durante o fim de semana em super e hipermercados de todo o país e prolonga-se até ao dia 2 de junho online, ou nos postos de abastecimento a nível nacional.
Participam mais de 40.000 voluntários nos pontos de recolha e nos armazéns para onde os bens doados são levados e depois separados e armazenados antes de chegaram a quem mais precisa.