22 mai, 2019 - 16:23 • Celso Paiva Sol
Ao longo de uma semana, a PSP fiscalizou campos de tiro espalhados por seis distritos de Portugal continental, à procura de irregularidades no licenciamento, no funcionamento e no cumprimento das regras ambientais a que estes espaços estão sujeitos.
Do balanço consta a descoberta de uma carreira de tiro ilegal no concelho de Alenquer, e infrações que valem algumas dezenas de milhar de euros em multas.
No topo da lista das preocupações dos agentes estava a limpeza do chumbo que fica no chão depois de cada tiro.
Portugal tem 82 campos de tiro, vocacionados para o desporto ou simples lazer, onde se faz sobretudo tiro ao prato, com cartuchos. Em treino ou em prova, cada atirador faz pelo menos cem tiros, o que se traduz em quase três quilos de chumbo. As contas podem ser multiplicadas por centenas de praticantes, e aí já estamos perante muitas toneladas de chumbo que todos os anos ficam caídas nestes campos.
Precavendo esta situação, a lei obriga os proprietários a limpar os espaços e a mantê-los livres de chumbo. Isto para além de impor várias outras regras de licenciamento, de posse e armazenamento de armas e munições.
Os agentes das Brigadas de Armas e Explosivos, e da Proteção Ambiental da PSP, visitaram oito carreiras de tiro nos distritos de Lisboa, Porto, Setúbal, Aveiro, Santarém e Leiria.
Numa dessas ações a polícia encontrou na zona da OTA, concelho de Alenquer, uma carreira de tiro ilegal – sem o obrigatório alvará – onde estavam também duas carabinas e munições sem registos.
Ao todo, por vários outros tipos de irregularidades, foram levantados autos de contraordenação que – juntos – ultrapassam os 100 mil euros.
Um desses casos, diz respeito a animais embalsamados usados como decoração, consideradas infrações ambientais graves.