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“Uma Europa desligada das suas raízes não pode saber para onde vai”

22 mai, 2019 - 12:35 • Filipe d'Avillez

Juristas católicos apelam ao voto, mas recordam aos partidos a sua obrigação de divulgar e esclarecer lealmente as suas propostas.

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A Associação dos Juristas Católicos avisa que uma Europa que não sabe quem é também não saberá o que oferecer.

Num comunicado divulgado esta quarta-feira, a propósito das eleições europeias, os Juristas Católicos apelam à responsabilidade de se votar no escrutínio de domingo, mas mostram-se preocupados com o rumo da União Europeia.

“Não sabendo quem é, a Europa não sabe o que oferecer” e “esquecendo-se de onde veio, desligando-se das suas raízes, a União não pode saber para onde vai”, explicam os juristas, que apontam para fenómenos como o Brexit que “reflete o cansaço de uma Europa burocratizada e desligada dos Estados e dos seus cidadãos”.

Os juristas pedem assim um despertar de consciências por parte dos cidadãos europeus, recordando a identidade cristã de muitos dos pais fundadores da Europa, incluindo Robert Schuman.

“Mas este ‘despertar das consciências’ tem de passar por um juízo crítico sobre as propostas apresentadas pelos partidos – o que simultaneamente pressupõe que os partidos apresentem e esclareçam lealmente as suas propostas em todas as matérias relevantes, em especial as mais diretamente ligadas à defesa da dignidade da pessoa humana”, conclui o comunicado.

A Associação de Juristas Católicos é assim mais uma organização católica que toma posição face às eleições europeias. Outras, como a Comissão Nacional Justiça e Paz, a Cáritas e o Serviço Jesuíta aos Refugiados já o fizeram.

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