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Combustíveis

Motoristas esperam que Pedro Nuno resolva diferendo com patrões. Greve continua de pé

16 mai, 2019 - 23:53 • Redação com Lusa

Presidente do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas diz ter “informação não oficial de que o acordo pode ser rejeitado pela ANTRAM” e que, assim sendo, haverá mesmo greve na próxima semana.

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O Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) está esta quinta-feira à noite no Ministério das Infraestruturas, em Lisboa, a aguardar uma reunião com o Governo, no âmbito das negociações com a associação patronal ANTRAM, disse o presidente do sindicato.

A reunião foi convocada a meio da tarde e no encontro o sindicato espera a presença do ministro Pedro Nuno Santos e da Associação Nacional de Transportes Públicos de Mercadorias (ANTRAM).

O presidente do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, Francisco São Bento, indicou que tem “a informação não oficial de que o acordo [de princípio de 10 de maio] pode ser rejeitado por parte da ANTRAM”, isto depois de o sindicato ter tido o aval dos seus associados.

Se isso acontecer, Francisco São Bento afirmou que se mantém a greve, prevista começar em 23 de maio e por tempo indeterminado, uma vez que já tinha ficado definido que o pré-aviso de greve se mantinha até estar escrito e assinado o acordo.

O dirigente sindical adiantou que “não foi fácil” conseguir a aprovação dos associados do sindicato para o acordo de princípio com a ANTRAM, cujos detalhes não foram divulgados.

A ANTRAM e o SNMMP, recorde-se, chegaram na madrugada de 10 de maio a um acordo de princípio. O caderno reivindicativo dos motoristas inclui, além de uma remuneração base de 1.200 euros, um subsídio de 240 euros e a redução da idade de reforma. O acordo resultou da mediação levada a cabo pelo ministério com a ANTRAM e o SNMMP.

O SNMMP foi criado no final de 2018 e tornou-se conhecido com a greve iniciada no dia 15 de abril, que levou o Governo a decretar uma requisição civil e, posteriormente, a convidar as partes a sentarem-se à mesa de negociações.

A arbitragem do executivo fez com que representantes sindicais e empresariais chegassem a acordo, no dia 18 abril, definindo um calendário para o início das negociações, sendo a paralisação desconvocada de imediato.

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