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​PS acredita num acordo à esquerda sobre Lei de Bases da Saúde

09 mai, 2019 - 15:11 • Redação com Lusa

Líder da bancada socialista admitiu que a revisão da Lei de Bases da Saúde é uma dos dossiers que poderá ser resolvido ainda nesta legislatura.

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O líder parlamentar do PS considerou, esta quinta-feira, que ainda poderá ser possível alcançar na presente legislatura um acordo com o PCP, Bloco de Esquerda e PEV em torno do texto final da Lei de Bases da Saúde.

Carlos César assumiu esta posição no final da reunião semanal da bancada socialista, na Assembleia da República. "Continuaremos o nosso diálogo com todas as forças políticas, sem exceção, seja na Lei de Bases da Saúde, onde me parece possível designadamente um acordo à esquerda, seja no caso da Lei de Bases da Habitação, no Programa Nacional de Investimentos ou na legislação laboral", respondeu.

No caso da Lei de Bases da Saúde, fonte socialista disse à agência Lusa que voltaram a estar em curso conversações com o PCP, nomeadamente no que respeita à redação sobre as Parceiras Público Privadas (PPP), mas também com o Bloco de Esquerda, neste caso sobre limitação de taxas moderadoras.

Carlos César justificou o facto de "não excluir a possibilidade" de um acordo à esquerda "em função do diálogo" que tem havido entre as diferentes forças políticas "e do que tem sido possível isolar como fatores que neste momento diferenciam as propostas dos partidos".

"Vamos ver se essas diferenciações são ou não suficientes para haver uma dissonância numa votação final global. Não quero acrescentar nada mais porque nós falamos com todos - evidentemente com maior facilidade com uns do que com outros dependendo do tema. E a nossa obrigação é procurar a concertação", frisou o líder da bancada socialista.

No mês passado, no processo de revisão da Lei de Bases da Saúde, PS e Governo desentenderam-se sobretudo com o Bloco de Esquerda, depois de a bancada socialista ter modificado a redação antes sugerida pela ministra da Saúde, Marta Temido, sobre a existência de PPP no setor.

Enquanto a ministra da Saúde admitiu fechar a possibilidade de manutenção das PPP, o PS admitiu-as em casos "fundamentados", opção que gerou protestos do Bloco de Esquerda e também do PCP.

Em relação à parte final da presente legislatura, o presidente do Grupo Parlamentar do PS referiu que parte das matérias em discussão na Assembleia da República "só terá conclusão, provavelmente, depois das eleições europeias" do próximo dia 26.

"Temos ainda algum tempo para trabalharmos em conjunto e procurarmos boas soluções. Mas o PS, no parlamento, reserva para si a função de não só defender as suas convicções, mas, igualmente, procurar com outros partidos a maior concertação possível", acrescentou.

Comentários
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  • Rosa
    09 mai, 2019 Lx 15:53
    O Sr. patriarca da família socialista em vez de se preocupar com a geringonça e os acordos á esquerda, que não resolvem os problemas de saúde da população, deveria preocupar-se com a morte de portugueses sem tratamentos oncológicos. Um país decente exige que estes senhores se demitam, em vez de andar a brincar aos acordos.

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