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Confrontos e muita polícia nas ruas de Paris

01 mai, 2019 - 11:53 • Redação

Sindicatos franceses, “coletes amarelos”, grupos ambientalistas e outras organizações coletivas apelam à mobilização neste 1º de maio. Autoridades em alerta face a eventual nova vaga de violência nas ruas.

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Milhares de pessoas participam, nesta quarta-feira, nas manifestações do 1º de maio em França.

Durante a manhã foram detidas 88 pessoas, entre as quais três espanhóis encontrados na posse de um arsenal de armas artesanais, incluindo martelos, facas e produtos incendiários.

Até às 14h30, tinham sido interpeladas pelas autoridades, pelo menos, 200 pessoas.


Em Nantes, são já duas mil as pessoas concentradas na Praça da Bretanha, e há outras cidades francesas com muitas pessoas na rua, em adesão total às manifestações convocadas por vários movimentos associativos, entre os quais os “coletes amarelos”.


No total, espera-se que o protesto some mais de 115 mil manifestantes por todo o país. Em Paris, o número poderá chegar aos 35 mil.

Por isso, as autoridades francesas estão em alerta, temendo nova vaga de violência nas ruas.

Nas ruas de Paris estão cerca de oito mil polícias, acompanhados por 190 motas da Brigada de Repressão à Violência (BRAV) – a recente equipa policial francesa, criada depois dos confrontos do dia 16 de março e que substituiu o anterior dispositivo de ação rápida (DAR).

Segundo avança o jornal francês “Le Monde”, mais de 7.400 agentes da polícia foram enviados esta tarde para a capital francesa. O Ministério do Interior prometeu "maior vigilância" sobre a presença anunciada de "mil a dois mil ativistas radicais".

Também na tarde desta quarta-feira, o secretário-geral da CGT, Philippe Martinez, foi agredido por manifestantes radicais e esteve retido num confronto entre civis e polícias, antes de abandonar a manifestação, avança a agência France-Presse.

Em comunicado de imprensa, a organização sindical denuncia atos de repressão policial sobre alguns membros da CGT e adianta que o próprio secretário-geral foi atingido com gás lacrimogénio no decurso da marcha do 1º de maio.

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  • mario couto rosado
    01 mai, 2019 casablanca 15:12
    Tenho acompanhado as vossas coberturas jornalísticas dos acontecimentos na Venezuela são tão anti-Maduro que até pensei que esta reportagem seria em plena rebelião militar no centro de Caracas, finalmente pseudodemocratas que existem em casa da velha senhora utilizam prepotência policial ao nível do pior que se faz no novo mundo.

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