24 abr, 2019 - 18:01 • Redação
Luiz Phellype tem "cara de mau" em campo, contudo é uma pessoa tranquila fora das quatro linhas. Marcar golos em quatro jornadas do campeonato consecutivas deixou-o satisfeito, mas não siderado. Afinal, o ponta-de-lança brasileiro do Sporting leva a sua posição muito a sério.
"Fazer golos é o meu trabalho. Sou ponta-de-lança, por isso tenho de os fazer. Fico feliz e quero marcar mais", afirmou Luiz Phellype, em entrevista à Sporting TV, emitida na íntegra esta quarta-feira.
O avançado ainda se lembra do primeiro golo pelo Sporting, frente ao Chaves. Uma alegria que chegou em dose dupla, na forma de um "bis":
"Disseram que tinha chorado, mas não chorei. Só agradeci a Deus por ter tirado aquele peso de cima de mim, porque é difícil o avançado ficar sem marcar golos. O primeiro golo é o mais complicado, depois soltamo-nos. Naquele jogo, tive essas duas oportunidades e aproveitei."
A história de Luiz Phellype, com uma curiosidade
O avançado sempre gostou de fazer golos, como todas as crianças. No entanto, a sua história de bola no pé não começou em frente à baliza.
"Quando comecei a jogar, jogava mais atrás, a '10', mas mesmo assim fazia muitos golos. Ao crescer, aos 12, 13 anos, fiquei muito alto e muito forte. O meu treinador disse-me para ir mais para a frente. Comecei a jogar a ponta-de-lança e gostei. Não mudei mais", contou.
"Nos grandes jogos, eu sempre tive a ideia de que podia ser tão bom quanto eles. Sempre confiei em mim e marquei e fiz bons jogos contra eles. É sempre bom marcar contra os grandes", assumiu.
O desenvolvimento do ponta-de-lança moderno
Sobre o defesa mais difícil que defrontou, Luiz Phellype apostou em Mathieu, mas a medo, para não "dar moral" ao francês. Mathieu é, de resto, daqueles jogadores que ajudam a moldar o avançado moderno:
"É cada vez mais difícil o ponta-de-lança ficar na área à espera que a bola venha. Isso só facilita o trabalho dos centrais. Temos de ajudar a equipa, que precisa muito de nós. Eu gosto de jogar, gosto de aparecer. Se num jogo inteiro tocar uma vez na bola e marcar, não será mau, mas ficarei com a sensação de que podia ter feito mais."
No futuro, Luiz Phellype quer "fazer mais golos ainda", mesmo que agora tenha a concorrência de Bas Dost, que também é um amigo.
"O Bas sempre me ajudou, falou comigo e incentivou-me. Claro que queremos os dois jogar, mas acima de tudo, está o Sporting. Nós os dois queremos o melhor para o Sporting. Saber que tenho o Bas Dost ao meu lado, na minha equipa, faz-me crescer como jogador, porque quero fazer sempre melhor. O Bas tem um nível muito alto e isso ajuda-me", frisou.