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Chaves recebe o primeiro hospital privado do Alto Tâmega

24 abr, 2019 - 12:17 • Olímpia Mairos

Um hospital com identidade territorial e pronúncia transmontana que quer responder às necessidades da população local. O investimento é de oito milhões de euros e as primeiras valências abrem ao público no próximo outono.

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A cidade de Chaves vai acolher um hospital privado que se propõe ser “um hospital com identidade territorial e pronúncia transmontana”, para responder às necessidades da população local.

O primeiro Hospital Privado de Chaves é um investimento de mais de oito milhões de euros e, segundo os promotores, criará 180 postos de trabalho diretos e indiretos.

“O projeto está no terreno e estará concluída esta primeira fase, na pior das hipóteses, no outono de 2020. Temos um investimento para 18 meses, num valor de oito milhões de euros. No ano cruzeiro, que penso ser o ano de 2022, estarão criados 180 postos de trabalho direta e indiretamente”, adianta o Presidente do Conselho de Administração do Hospital Privado de Chaves, Manuel Ferreira Lemos.

A nova unidade hospitalar promete responder às necessidades da população do Alto Tâmega, mas também das cidades mais próximas da Galiza, abrangendo cerca de 140 mil pessoas. “Vai ser o Hospital do Alto Tâmega, é essa a nossa ambição. Não nos podemos esquecer do transfronteiriço. Vamos apostar muito na região da fronteira”, observa Manuel Ferreira Lemos.

O equipamento de saúde será dotado de todas as valências hospitalares, com consultas de especialidade e de urgência, meios auxiliares de diagnóstico, especialidades médico-cirúrgicas e residência sénior, assegurando ainda atendimento permanente.

O Presidente do Conselho de Administração do Hospital Privado de Chaves, Manuel Ferreira Lemos, garante uma “cobertura integral de todos os serviços médico-cirúrgicos, bem como a prestação de todo o apoio que venha a ser necessário no futuro”, abrindo a possibilidade da criação de um “cluster” no domínio do turismo de saúde no termalismo.

Para o Presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz, a nova unidade hospitalar “é um sinal de confiança, por parte de um conjunto de investidores - o Hospital da Prelada e Hospital Terra Quente, mas também de uma empresa local Anteros Empreitadas - que acreditam que em Chaves e no Alto Tâmega existe um espaço com potencial de crescimento e de afirmação que pode gerar e induzir confiança a outros investimentos”.

O autarca flaviense entende também que “há um espaço muito importante, para criarmos um cluster na área da saúde e do termalismo ligado ao turismo”. “Com os parceiros que temos neste projeto, teremos condições para que possamos ter aqui uma área nova que crie atratividade e, acima de tudo, traga mais emprego e valor”, realça.

O presidente da Câmara de Chaves congratula-se com a instalação de um hospital privado na cidade, mas defende que é necessário continuar a reforçar o hospital público que integra o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro. “Estas duas respostas são naturalmente fundamentais e necessárias”, afirma Nuno Vaz, considerando que Chaves deve ter no setor da saúde “duas respostas fortes e vigorosas”.

“Uma resposta privada para um conjunto de beneficiários que neste momento tem de se deslocar a outros locais fora do Alto Tâmega, e são milhares de pessoas. Inclusivamente, há um autocarro diário e esse é um sinal que não gostaria de ver no território, mas, ao mesmo tempo, temos que por pressão no serviço nacional de saúde, porque que é fundamental, é decisivo, é uma questão de dignidade que a resposta pública de saúde seja capaz”, explica o autarca.

E Nuno Vaz promete, por isso, continuar a fazer pressão junto do Ministério da Saúde para que “o hospital de Chaves possa ter a verdadeira capacidade de responder nas áreas mais essenciais e que são, sobretudo, na área médico-cirúrgica, nas especialidades médicas, nas especialidades médico-cirúrgicas. E temos que dar também outra dinâmica ao hospital que não pode continuar a ter alas fechadas”.

As obras para a construção do hospital privado de Chaves deverão iniciar-se em finais de junho, início de julho deste ano e a abertura da unidade hospitalar será feita de forma faseada. Até ao outono estarão em funcionamento algumas consultas de especialidade e meios complementares de diagnóstico e terapêutica, de forma provisória, prevendo-se que toda a unidade esteja a funcionar até ao verão de 2020.

O Hospital Privado de Chaves propõe-se proporcionar à população do Alto Tâmega “uma adequada cobertura de cuidados de saúde”, oferecer serviços de saúde complementares aos já existentes e de que a região carece” e augura ainda “uma forte interação com as termas da região, querendo contribuir para dinamizar o turismo de saúde”.

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