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Eurostat confirma: défice de 2018 foi mesmo de 0,5%

23 abr, 2019 - 10:40 • Redação com Lusa

Trata-se de um mínimo histórico avançado pelo INE em março. Já a dívida pública foi a terceira maior da União Europeia.

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O gabinete de estatística da União Europeia avança, nesta terça-feira, que o défice português, em 2018, foi de 0,5% do PIB. O Eurostat aceitou, assim, o valor enviado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no mês passado.

O valor fica abaixo da meta do Governo (que era de 0,7%) e representa um novo mínimo, desde 1974.

"Não foi preciso um milagre nem afinal era aritmeticamente impossível alcançar estes resultados", afirmou na altura o ministro das Finanças, Mário Centeno.

Em 2017, o défice foi de 3%.

Também confirmado pelo Eurostat foi o défice das Administrações Públicas, que atingiu cerca de 913 milhões de euros no ano passado.

Estes dados do Eurostat são baseados na primeira notificação de 2018 relativa ao Procedimento por Défices Excessivos, remetida pelo INE no final de março.

Défice mais baixo também na UE

O gabinete de estatísticas europeu adianta que, em 2018, tanto o défice como a dívida pública baixaram face a 2017 na UE e na Zona Euro.

Relativamente à UE, registou-se um défice de 0,6% do PIB no ano passado (que compara com 1% em 2017) e uma dívida pública de 80% do PIB (que em 2017 tinha sido de 81,7%).

No que toca à Zona Euro, o défice caiu para metade ao representar 0,5% do PIB, enquanto a dívida pública foi de 85,1% do PIB (no ano anterior tinha sido de 87,1%).

A terceira maior dívida pública

Segundo o Eurostat, Portugal registou a terceira maior dívida pública da União Europeia (UE) em 2018, ao atingir 121,5% do produto interno bruto (PIB).

No final do ano passado, Portugal era um dos 14 Estados-membros da UE com dívida pública superior a 60% do Produto Interno Bruto (PIB), ficando em terceiro lugar a seguir à Grécia (181,1%) e Itália (132,2%).

Neste ano, a dívida pública ascendeu, assim, a 244.906 milhões de euros, o equivalente a 121,5% do PIB.

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  • Cidadao
    23 abr, 2019 Lisboa 11:46
    O pior é todos sabermos como foi obtido: investimento nulo, o que dá como consequência ferrovia a cair de podre, serviços públicos e transportes esgotados incapacitados para responder às necessidades duma população com salários baixos e dependente de apoios sociais, e claro, sem esquecer um recorde de impostos altos e uma multidão de taxas e taxinhas sempre no saque, pela única coisa que funciona bem que é o (con)fisco. Uma conjuntura externa favorável e o Boom do Turismo, completam o ramalhete. Assim, é fácil ficar bem na foto.

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