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Papa exprime dor por “tão cruel violência” no Sri Lanka

21 abr, 2019 - 11:38 • Redação com Ecclesia

Na oração “Urbi et Orbi”, Francisco critica muros de quem é indiferente ao sofrimento do próximo e recorda conflitos em vários continentes, incluindo a situação na Venezuela.

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Papa condena atentados no Sri Lanka e lamenta as “vítimas de uma tão cruel violência”
Papa condena atentados no Sri Lanka e lamenta as “vítimas de uma tão cruel violência”

O Papa reagiu este domingo, durante a oração “Urbi et Orbi” aos atentados que, esta manhã, causaram pelo menos 158 mortos e centenas de feridos no Sri Lanka.

“Soube, com tristeza, da notícia dos graves atentados que, hoje mesmo, dia de Páscoa, trouxeram luto e dor a algumas igrejas e outros lugares de encontro no Sri Lanka. Desejo manifestar a minha afetuosa proximidade à comunidade cristã, atacada enquanto se reunia em oração, e a todas as vítimas de uma tão cruel violência”, afirmou Francisco.

“Confio ao Senhor todos os que tragicamente desapareceram e rezo pelos feridos e por todos os que sofrem por causa deste dramático acontecimento”, acrescentou.

O Sri Lanka foi hoje palco de seis explosões simultâneas, três delas em igrejas, e mais duas depois, com alguns minutos de intervalo. Até agora, o balanço das vítimas aponta para 158 mortos – entre os quais, um português – e perto de 400 feridos.

Na oração deste Domingo de Páscoa, o Papa denunciou a indiferença de quem ignora os conflitos e injustiças que afetam milhões de pessoas em todo o mundo e pediu o fim dos “muros”.

“Perante os inúmeros sofrimentos do nosso tempo, que o Senhor da vida não nos encontre frios e indiferentes. Faça de nós construtores de pontes, não de muros”, pediu a partir da varanda central da Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Francisco enunciou alguns dos atuais conflitos que afetam populações de vários continentes, como no Sudão, a atravessar um momento de incerteza política, e a Venezuela.

“Penso de modo particular no povo venezuelano: em tanta gente sem as condições mínimas para levar uma vida digna e segura, por causa duma crise que perdura e se agrava. O Senhor conceda, a quantos têm responsabilidades políticas, trabalhar para pôr fim às injustiças sociais, abusos e violências e realizar passos concretos que permitam sanar as divisões e oferecer à população a ajuda de que necessita”, afirmou.

Para o Médio Oriente, “dilacerado por divisões e tensões contínuas”, o Papa desejou que “os cristãos da região não deixem de testemunhar, com paciente perseverança, o Senhor ressuscitado e a vitória da vida sobre a morte”.

“O meu pensamento dirige-se de modo particular para o povo do Iémen, especialmente para as crianças definhando pela fome e a guerra. A luz pascal ilumine todos os governantes e os povos do Médio Oriente, a começar pelos israelitas e os palestinenses, e os instigue a aliviar tantas aflições e a buscar um futuro de paz e estabilidade. Que as armas cessem de ensanguentar a Líbia, onde, nas últimas semanas, começaram a morrer pessoas indefesas, e muitas famílias se viram forçadas a deixar as suas casas”, acrescentou.

Francisco recordou ainda que “Cristo vive e permanece connosco. Mostra a luz do seu rosto de Ressuscitado e não abandona os que estão na provação, no sofrimento e no luto”.

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