Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Identificado recluso que filmou imagens da cadeia do Linhó

20 abr, 2019 - 19:49 • Lusa

Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais promete processo disciplinar.

A+ / A-

O recluso que filmou e divulgou imagens captadas no interior do Estabelecimento Prisional do Linhó, em Sintra, foi identificado e será alvo de processo disciplinar, segundo fonte da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).

"Quer o recluso que filmou e divulgou as imagens, captadas durante o recreio da manhã no Estabelecimento Prisional do Linhó, quer os outros reclusos que aparecem nas imagens estão devidamente identificados", refere a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, numa nota enviada à Lusa.

A Direção-Geral acrescenta ainda que "estes reclusos, em conformidade com as disposições legais, serão objeto de procedimento e subsequentes sanções disciplinares, as quais poderão ir, consoante o grau de participação da cada um no ilícito disciplinar, até ao internamento em regime de segurança".

O Correio da Manhã (CM) noticiou que este sábado foi divulgado um vídeo, em direto na rede social Facebook, de uma "festa de aniversário no pátio da Ala A" no Estabelecimento Prisional do Linhó, no qual participa "um grupo de reclusos, cerca de 20".

De acordo com o jornal, que teve acesso ao vídeo, com cerca de quatro minutos, nas imagens "é ainda possível ver um recluso a cortar o cabelo a outro, o que demonstra que estes têm acesso a objetos cortantes como é o caso de uma tesoura". Além disso, "é ainda possível ver os reclusos a dançaram, divertidos, ao som de música com o volume alto".

Ainda segundo o CM, nas imagens "não é possível verificar a presença dos guardas prisionais".

Em fevereiro, um outro estabelecimento prisional em Portugal, dessa vez o de Paços de Ferreira, tinha sido notícia quando um grupo de reclusos ali organizou uma festa e a transmitiu em direto para o exterior, através de um telemóvel.

Depois desse episódio, a Guarda Prisional realizou na cadeia de Paços de Ferreira uma megaoperação envolvendo mais de 100 operacionais, durante a qual foram apreendidos telemóveis, drogas e outros artigos.

No dia 15 de fevereiro, a então diretora do Estabelecimento Prisional (EP) de Paços de Ferreira, Maria Fernanda Barbosa, pediu a demissão, que foi aceite pela tutela.

Maria Fernanda Barbosa tinha antes sido chamada ao parlamento, onde se recusou a dar explicações sobre esse episódio, alegando que o assunto estaria sob investigação.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+