09 abr, 2019 - 18:33 • Pedro Mesquita
Não é fácil a aproximação às torres do Aleixo. Há um primeiro morador que se aproxima com um aviso: “Aqui ninguém fala. E não pode ir lá acima... Acho que percebe porquê”. Percebemos, claro. Há quem entre e saia sem problemas, bem vestido – como se fosse ao supermercado. Vem de fora. À entrada, vê-se uma espécie de guarda de honra e um muro de silencio à entrada de um prédio profundamente degradado. Ganhamos um pouco de confiança e alguém acaba por falar. No bairro, oficialmente já só vivem 11 famílias. Terão que sair até maio. A contra-gosto, porque a este bairro de lata em altura há quem chame “palacete”.