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Viseu exige respostas sobre IP3. Obra na "estrada da morte" continua sem sair do papel

29 mar, 2019 - 13:25 • Liliana Carona

Em janeiro, Governo anunciou que requalificação de parte do troço estava apenas a aguardar visto do Tribunal de Contas dentro de "poucas semanas, no limite meses".

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Esperando e desesperando, o autarca de Viseu, Almeida Henriques, não vê sair do papel a anunciada obra no IP3, que liga Viseu a Coimbra, conhecida como "a estrada da morte".

Em janeiro deste ano, o Governo anunciou que a requalificação do troço estava apenas a aguardar visto do Tribunal de Contas para avançar e que essa luz verde chegaria dentro de "poucas semanas, no limite meses". Dois meses depois, contudo, a obra continua sem sair do papel.

"Até agora não sei se houve visto do Tribunal de Contas para a pequena obra", aponta o autarca em entrevista à Renascença. "Estamos dependentes de duas coisas: o visto de contas para a requalificação do troço entre Penacova e a Lagoa Azul e o projeto da Lagoa Azul a Viseu e de Penacova a Coimbra. Está mesmo na altura de perguntar ao Governo pelo IP3, porque esta obra é prioritária e na fase em que estamos, de campanha eleitoral já aberta, isso nota-se da parte do Governo. Era bom que todos os partidos assumissem o compromisso de que o IP3 não vai parar", exige Almeida Henriques.

A solução anunciada pelo Governo de uma estrada com perfil de autoestrada não agrada ao presidente da Câmara de Viseu, mas a questão já não é essa; Almeida Henriques quer mesmo é ver a obra avançar.

"Toda a gente sabe que não morro de amores por esta solução, defendia um traçado até à A13, mas prefiro ter uma meia autoestrada, com 85% de via dupla sem ser formato de autoestrada e 12% com três faixas e mais 3% só com duas faixas. É preferível ter isto mas concluído, não só em papel."

Almeida Henriques diz reivindicar uma estrada digna, até porque tem conhecimento de causa.

“Todas as semanas lá passo e é um fator de constrangimento ao desenvolvimento deste território. Não se entende ter deixado para o fim aquela que é uma das maiores estradas de tráfego do país, e que eu apelido de 'estrada da morte', [porque] infelizmente já ultrapassou a centena de mortes, todos os dias produz acidentes, continua a criar um sentimento de insegurança. Era bom que o Governo nos viesse dizer como está o processo. Houve mudança de ministro e vou perguntar ao sr. Ministro do Planeamento e das Infraestruturas como é que está a questão da obra do IP3”, conclui.

O investimento global da obra no IP3 está orçado em 134 milhões de euros, prevendo-se que a requalificação do acesso vá permitir reduzir o tempo de percurso em cerca de um terço.

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