26 mar, 2019 - 11:30 • Anabela Góis
Pelo sexto ano consecutivo, o número de interrupções voluntárias de gravidez voltou a diminuir.
Segundo o último balanço da Direção Geral de Saúde (DGS), publicados esta terça-feira, “o número anual de interrupções da gravidez por todos os motivos, continua a registar um decréscimo consistente desde 2011”.
Os dados de 2017 apontam para uma diminuição de 2,9% face ao ano de 2016, sendo que, se só forem tidos o número de interrupções por opção da mulher, a diminuição é ainda mais substancial – foram menos 3,4%.
Segundo o relatório, publicado esta terça-feira, em 2017 realizaram-se 15.492 abortos, ao passo que em 2016 registaram-se 15.959 abortos e, em 2015, 16.652.
Neste relatório, intitulado “Relatório dos Registos das Interrupções da Gravidez”, a DGS considera todos os abortos feitos durante o ano de 2017 – isto é, tanto no Serviço Nacional de Saúde como no sistema privado.
No documento, aponta-se para o intervalo de idade entre os 20 e os 29 anos como aquele em que se registam maior número de interrupções voluntárias de gravidez. Por outro lado, são as mulheres que engravidam entre os 30 e os 34 anos que têm maior probabilidade (90,7%) de prosseguir a gravidez.
A região de Lisboa e Vale do Tejo registou 57% de todos os abortos. O Norte foi a segunda região com maior número de interrupções voluntárias de gravidez (22,8%), seguida do Algarve (6,9%).
Em mais de metade dos casos, a mulher que decidiu abortar tinha pelo menos um filho e, em 70,7% dos casos, foi a primeira vez que realizaram uma interrupção voluntária da gravidez.