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Fenprof ameaça com greve às avaliações no final do ano

23 mar, 2019 - 18:25 • Redação

Para dia para 5 de outubro foi entretanto marcada uma outra manifestação com vista a assinalar o fim da legislatura.

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Mário Nogueira, líder da Fenprof, ameaçou este sábado o Governo com uma nova greve de professores, caso não haja avanços na reposição do tempo de serviço.

A nova paralisação será ás avaliações, no final do ano letivo.

No discurso que marcou o final da manifestação de professores em Lisboa, o sindicalista anunciou ainda a presença dos sindicatos no Parlamento, no dia 16 de abril, dia em que vão ser debatidos os pedidos de apreciação parlamentar à proposta de lei que repõe os dois anos, nove meses e 18 dias.

Milhares de professores manifestaram-se este sábado à tarde em Lisboa, enchendo a Praça do Comércio, em protesto pelo "roubo" de mais de seis anos de trabalho não contabilizado.

Durante o protesto, o líder da Federação Nacional de Professores (Fenprof) anunciou ainda uma manifestação nacional de professores para 5 de outubro, destinada a assinalar o fim da atual legislatura.

O protesto deste sábado começou pelas 15h00, com a concentração na Praça Marquês de Pombal, seguindo-se o percurso em direção à Praça do Comércio, com a participação de docentes de todo o país, que exigem a contagem integral do tempo de serviço: nove anos, quatro meses e dois dias.

No início do mês, o Governo aprovou um diploma que contabiliza menos de três anos de serviço, para efeitos de progressão na carreira.

O diploma já levou PCP, BE e PSD a anunciarem que vão apresentar uma apreciação parlamentar dentro de um mês.

Em declarações aos jornalistas, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, apontou 16 de abril, dia da apreciação parlamentar do diploma, como um ponto crucial na luta dos professores.

"Neste momento, está nas mãos da Assembleia da República resolver essa injustiça", afirmou à agência Lusa Teresa Simões, docente do norte do país.

Um outro docente lembrou que o diploma do Governo, com efeitos retroativos a 1 janeiro deste ano, deita de fora quase de metade do atual corpo docente: os cerca de 43.000 professores que progrediram no início do ano.

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  • António Sousa
    24 mar, 2019 LEIRIA 19:52
    Tínhamos o Bruno, temos o Nogueira e o Marta. É cansativo.
  • Anti-PS
    24 mar, 2019 País da Roubalheira 17:13
    Durante a administração Sócrates, a sinistra engendrou um plano para quase ninguém conseguir atingir o topo de carreira que foi "reestruturar" os escalões - e eu de repente, passei do 6º escalão para o 4.º... Depois apareceram os famosos "congelamentos" o que significa que 10 anos depois, continuo no 4º escalão e a subida ao 5º escalão Em 2022 ainda está dependente das famosas quotas, ou seja posso subir ou não. Entretanto até lá chegar pelo menos 2 colegas com menos tempo de serviço já lá estarão à minha frente. E esta?

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