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Venezuela. Detido chefe de gabinete de Juan Guaidó

21 mar, 2019 - 10:11 • Redação

Vários deputados da oposição viram as suas casas serem alvo de buscas.

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Os serviços secretos da Venezuela detiveram Roberto Marrero, chefe de gabinete do líder da oposição Juan Guaidó.

A detenção ocorreu na madrugada desta quinta-feira.

“Hoje, Roberto Marrero foi raptado pelo Sebin” [os serviços secretos venezuelanos], anunciou o deputado da oposição Sergio Vergara, também ele alvo de buscas domiciliárias por parte dos agentes secretos.

No Twitter e noutras redes sociais, o deputado conta como tudo aconteceu.


“É claro que a ditadura continua a raptar cidadãos”, adianta o deputado Franklyn Duarte num vídeo distribuído pela equipa de comunicação de Guaidó. Também a residência de Franklyn Duarte foi alvo de buscas.

Em janeiro, Juan Guaidó invocou a Constituição para assumir a presidência interina do país, depois declarar que a reeleição de Nicolas Maduro, em 2018, tinha sido uma fraude.

Desde então Maduro e Guiadó (que conseguiu vários apoios internacionais) medem forças. Na opinião do ainda Presidente, Guaidó é um mero fantoche nas mãos dos Estados Unidos. Já afirmou que o autoproclamado presidente interino irá enfrentar a justiça, mas ainda não ordenou explicitamente a sua detenção.

Juan Guaido viajou para a América do Sul em fevereiro para reunir apoios diplomáticos, num desafio à decisão do Supremo Tribunal que proibia a sua saída do país.

Vários países, entre os quais os Estados Unidos, as principais potências europeias e a maioria dos países da América Latina já manifestaram o seu apoio a Guaidó, considerando ilegítimo o Governo de Maduro.

A Venezuela vive hoje uma profunda crise financeira e social, com uma inflação em níveis incalculáveis (dois milhões por cento ao ano, segundo a Reuters) e grande parte da população a enfrentar problemas de má nutrição.

Desde 2015, mais de três milhões de pessoas abandonaram o país, em busca de melhores condições de vida.

Nicolas Maduro considera que o seu Governo é vítima de “uma guerra económica” liderada pelos seus adversários políticos e culpa as sanções financeiras e ao setor petrolífero impostas pelos Estados Unidos pela situação do país.

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