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Dezenas de escolas fechadas devido à greve de funcionários

21 mar, 2019 - 07:21 • Lusa

Protesto, que decorre quinta e sexta-feira, exige aumentos salariais, integração nos quadros e a criação de uma carreira específica.

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Dezenas de escolas estão fechadas em todo o país devido à greve do pessoal não docente, disse o sindicalista Artur Sequeira, lembrando que a solução para o setor passa por concursos para novas contratações e integração de precários.

Os funcionários das escolas vão estar em greve hoje e sexta-feira, num protesto convocado pela CGTP, para exigir aumentos salariais, integração nos quadros e a criação de uma carreira específica.

Em declarações à agência Lusa, o dirigente sindical Artur Sequeira, da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FSTFPS), afeta à CGTP, adiantou, cerca das 8h20, que há muitas escolas de portas fechadas em todo o país "para demonstrar o descontentamento dos trabalhadores.

"Sei que há muitas escolas fechadas. Ainda não sei números concretos pois as escolas abrem às 8h00, mas sabemos que vamos ter muitas escolas fechadas, com maior incidência nas que têm maiores necessidades durante o ano letivo", disse.

De acordo de Artur Sequeira, são vários os problemas que afetam o setor e a "solução" apontada pelo Governo "não vai ter impacto na vida das escolas".

"O Ministério da Educação anunciou mais mil vagas para assistentes operacionais, que não vão resolver o problema porque a este concurso vão concorrer os trabalhadores com vínculo precário, ou seja, estes podem ocupar as cerca de mil vagas prometidas pelo ministério da Educação", salientou.

No entendimento de Artur Sequeira, a solução para o problema passa por integrar os precários e por outro lado abrir vagas para novos trabalhadores.

Os sindicatos exigem a abertura de concurso para, "no mínimo", 3.067 trabalhadores, garantindo a entrada de 1.067 novos e de 2.500 que já estão em funções.

Dizem ainda que a portaria que define os rácios de funcionários por escola está a ser cumprida com recurso a "tempos parciais".

Artur Sequeira afirmou que existe "uma negação completa" do Governo em rever as carreiras dos trabalhadores das escolas, que pretendem retomar a carreira específica que já tiveram durante a governação de António Guterres: "Foi destruída pelo senhor engenheiro Sócrates quando era primeiro-ministro".

Os salários estão também na mira dos sindicatos, que criticam a solução proposta pelo Governo.


[notícia atualizada às 10h00]

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