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Ciclone Idai

Ajuda dos Médicos Sem Fronteiras temporariamente suspensa na Beira

19 mar, 2019 - 14:11 • Liliana Monteiro com redação

Hospitais e centros de saúde na região da Beira ficaram destruídos à passagem do Idai. ONG vai reforçar equipa no terreno para apurar necessidades e ampliar intervenção.

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A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) suspendeu temporariamente a distribuição de ajuda humanitária na região da Beira, em Moçambique, esta terça-feira, seis dias depois de o país ter ficado parcialmente devastado à passagem do ciclone Idai, que atingiu também os vizinhos Zimbabué e Malauí.

A Beira foi particularmente afetada, com hospitais e 17 centros de saúde da região totalmente destruídos, informam os MSF em comunicado, onde é avançado que hoje chega ao terreno uma equipa de resposta rápida de emergência que vai definir prioridades nos cuidados à população.

Até agora, estavam já no local 150 profissionais que estiveram incontactáveis durante alguns dias mas que se encontram bem, garante João Antunes, representante dos Médicos Sem Fronteiras em Portugal.

Ciclone Idai faz pelo menos 84 mortos e 1.500 feridos em Moçambique
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O grau de destruição na área da saúde, bem como dos acessos a várias partes da Beira, justifica a suspensão temporária do trabalho dos MSF, que agora precisam de reavaliar as necessidades mais urgentes para redefinirem e ampliarem o plano de ação.

Há estruturas de saúde sem telhados, salas de cirurgias e zonas de internamento inoperacionais. A isso acresce a falta de água potável, as condições de higiene deficitárias, a falta de medicamentos e de logística clínica.

O novo plano de ação deverá passar pela criação de hospitais de campanha, pondo equipas reforçadas no terreno para que possam chegar rapidamente às populações mais necessitadas.

"A prioridade número um é dar continuidade aos cuidados de saúde", refere João Antunes. "É preciso referenciar os casos mais graves, para que possam receber os primeiros cuidados de saúde."

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