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Europeias. André Ventura lidera coligação entre PPM, PPV/CDC e movimento Chega

16 mar, 2019 - 22:55 • Lusa com Redação

A coligação vai adotar o nome do movimento Chega, liderado por André Ventura, que no dia 7 viu rejeitada a sua primeira tentativa para se oficializar como partido político pelo Tribunal Constitucional.

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André Ventura vai ser o cabeça de lista da coligação que junta o movimento Chega, o Partido Popular Monárquico (PPM) e o Partido Cidadania e Democracia Cristã (PPV/CDC), para "mobilizar o espaço político da direita democrática".

Segundo um comunicado dos monárquicos, assinado pelo presidente da Comissão Política Nacional do PPM, Gonçalo da Câmara Pereira, a coligação foi formalizada hoje, em reunião do Conselho Nacional, realizada para "clarificar a posição do partido no âmbito da participação do mesmo nas próximas eleições europeias".

A coligação vai adotar o nome do movimento Chega, liderado por André Ventura, e que, no dia 7, viu rejeitada a sua primeira tentativa para se oficializar como partido político pelo Tribunal Constitucional.

Antes da votação sobre a coligação, que na quarta-feira tinha sido inicialmente chumbada pelo Conselho Nacional do PPM, foram ouvidos, em audição "bastante esclarecedora", Manuel Matias, responsável geral do PPV/CDC, antes conhecido como Partido Pró-Vida, e André Ventura, ex-vereador na Câmara Municipal de Loures eleito pelo PSD, que fundou o movimento Chega.

Na reunião, constatou-se, segundo o mesmo comunicado, "que existe uma grande confluência de posições entre as três forças políticas".

A Coligação Chega considera "que se vive novamente um momento histórico no âmbito da reconfiguração da direita portuguesa" e "uma situação grave, tendo em conta que pela primeira vez desde 1974 a esquerda e a extrema-esquerda construíram um amplo espaço de confluência que ameaça eternizar no exercício do poder a esquerda portuguesa".

Acusando os restantes partidos de direita de "deserção", a coligação propõe-se "regenerar o sistema político português", que considera estar, desde 1974, "monopolizado pelos mesmos partidos e protagonistas".

A coligação defende ainda "uma Europa diferente, que respeite a soberania e as competências dos órgãos de soberania sufragados democraticamente pelos diversos Estados-nação europeus".

O movimento Chega, que em 23 de janeiro entregou mais de 7.500 assinaturas no Tribunal Constitucional, viu rejeitada a primeira tentativa para se formalizar enquanto partido político.

Segundo noticiou o jornal Público no dia 7 de março, entre as assinaturas estavam menores de idade e agentes de forças policiais. O prazo para regularizar assinaturas termina na segunda-feira.

Quando entregou as assinaturas no Tribunal Constitucional, André Ventura desvalorizou os rótulos que têm sido atribuídos ao Chega. “Se querem chamar de extrema-direita, chamem", disse, apontando que o “importante é os portugueses saberem que há um partido que veio para mudar” as coisas.

“Castrar os pedófilos quimicamente, prender para sempre homicidas de primeiro grau e violadores, reduzir os deputados para 100" são algumas das propostas do Chega. "Se isto é extrema-direita, então talvez sejamos de extrema-direita”, reagiu Ventura.

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